Tipos de câncer de mama: Conheça os principais deles
Você sabia que existem diferentes tipos de câncer de mama, alguns raros e que podem ser mais agressivos que outros. Falar sobre o assunto é importante, pois é uma forma de dar atenção à saúde da mulher e incentivar o diagnóstico precoce.
A maioria dos cânceres de mama são denominados como carcinomas, que se formam na mama e geralmente é um tipo específico denominado adenocarcinoma, que começa nas células de um ducto mamário ou nas glândulas produtoras de leite (lóbulos).
Para saber mais, veja a seguir quais são os tipos de câncer de mama e como é feito o diagnóstico da doença. Leia até o final e informe-se.
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Saiba mais sobre o câncer de mama
O câncer de mama é uma doença provocada pela multiplicação desordenada das células anormais da mama, que forma um tumor capaz de invadir outros órgãos. A condição acomete predominantemente mulheres, mas existem casos de câncer de mama em homens.
A doença não possui uma causa única. Contudo, a idade é um dos principais fatores de risco, estima-se que quatro e cada cinco mulheres desenvolvem o câncer após os 50 anos. Veja outros favorecem o desenvolvimento da doença:
- Obesidade e sobrepeso;
- Sedentarismo;
- Consumo de bebidas alcoólicas e tabagismo;
- Primeira menstruação antes dos 12 anos ou menopausa após os 55 anos;
- Não ter tido filhos ou primeira gestação após 30 anos;
- Uso de contraceptivos hormonais ou ter feito reposição hormonal pós-menopausa mais de 5 anos;
- Histórico familiar de câncer no ovário ou casos de câncer de mama antes dos 50 anos;
- Histórico familiar de câncer de mama masculino.
Sinais e sintomas
Em fases iniciais, os sintomas são percebidos por meio dos seguintes sinais e sintomas:
- Nódulo fixo e indolor, normalmente presente em 90% dos casos quando é percebido pelo próprio paciente;
- A mama fica com a pele avermelhada, retraída ou com a textura de “casca de laranja”;
- Alterações e saída espontânea de líquido anormal pelos mamilos;
- Presença de pequenos nódulos na axila ou percoço.
Ao notar a presença de qualquer um destes sintomas, deve-se buscar a orientação médica para investigar e avaliar os riscos, além de identificar a presença da doença.
Tipos de câncer de mama
Também conhecido como câncer não invasivo, este tipo representa 20% dos casos confirmados da doença. Mesmo se tratando de um câncer maligno, ele não faz metástase, ou seja, as células cancerígenas não se espalham para outros órgãos.
Assim, mesmo quando o diagnóstico ocorre nesse estágio, o paciente apresenta boa resposta ao tratamento. Para o seu tratamento, recomenda-se a retirada do nódulo, e dependendo da lesão, é possível preservar a mama. Em alguns casos, a radioterapia complementar pode ser indicada pelo médico.
Contudo, este tipo não apresenta sintomas e pode se tornar um tumor invasivo quando não diagnosticado e tratado corretamente, podendo disseminar para outros órgãos.
Diferente do anterior, este tipo de câncer é aquele que já se disseminou pelo tecido mamário adjacente. Nesse caso, existem dois tipos comuns, sendo eles:
- carcinoma ductal invasivo – ocorre quando o tumor se desenvolve dentro do ducto mamários e as paredes são rompidas, passando para o tecido adiposo dos seios. Ao chegar nesse estágio, existe o risco das células cancerígenas se espalharem para outras áreas do corpo, através do sistema linfático e corrente sanguínea;
- carcinoma lobular invasivo – o mesmo acontece com esse tipo, mas ele se desenvolve nos lóbulos mamários, glândulas que produzem o leite. Apesar de raro, ele também é capaz de se espalhar para outras áreas do corpo e sua detecção é mais difícil nos exames de toque ou mamografia.
Considerado o tipo mais agressivo, representa aproximadamente 15% dos casos de câncer. Neste caso, o tumores não produzem uma proteína específica (HER2) e nem receptores de hormônios sexuais femininos (estrogênio e progesterona). Isso torna ele o mais complicado de detectar e tratar entre os tipos de câncer de mama.
Como trata-se de um câncer invasivo, ele é capaz de se espalhar para outras células rapidamente, e além disso, as chances de retornar mesmo após o tratamento são grandes. As opções de tratamento mais indicadas são a cirurgia, a quimioterapia e a imunoterapia.
Representando de 1 a 3% dos casos de câncer de mama, este é considerado um tipo raro da doença, além de possuir características atípicas. Neste caso, as mamas ficam distendidas, vermelhidão e inchaço na região, e isso ocorre devido a obstrução dos vasos linfáticos provocada pelas células cancerígenas.
O diagnóstico do câncer inflamatório normalmente ocorre quando a condição já está em estágio avançado, o que torna ele mais agressivo e com alta probabilidade de reincidência. Os tratamentos disponíveis incluem cirurgia, quimioterapia, radioterapia e hormonioterapia.
Considerado um tipo raro, representando de 1 a 3% dos casos de câncer de mama, a doença atinge a aréola e mamilo, e normalmente acomete apenas um dos seios. Alguns dos sintomas mais comuns são vermelhidão, queimação, coceira na região, descamação e inversão do mamilo.
Para o tratamento, é utilizada a cirurgia, onde é possível conservar a mama em alguns pacientes, mas é necessária a remoção do mamilo, além da radioterapia.
Os sarcomas são raros e representam menos de 1% dos cânceres de mama. Ele começa nas células que revestem os vasos sanguíneos ou do sistema linfático e raramente ocorre na mama.
Este tipo se manifesta com alterações na pele dos seios e presença de nódulos. Além disso, ele pode ser resultado de complicações durante o tratamento de radioterapia feito a cerca de 10 anos atrás.
Quando ocorre o diagnóstico prévio, o tratamento é feito com radioterapia, mas como se trata de um tumor de rápida disseminação para outras regiões do corpo, é recomendada a mastectomia (retirada total da mama).
O tumor Filoide é um tipo muito raro, caracterizado pelo surgimento de um nódulo duro de tecido em qualquer parte da mama. Contudo, diferente dos demais, ele se desenvolve no tecido conjuntivo (estroma mamário), a região adiposa dos seios. A maioria dos quadros são benignos, sendo necessário apenas a sua remoção
Agora que você já conhece os principais tipos de câncer de mama, vale ressaltar que a melhor forma de prevenir e diagnosticar a doença é realizando um acompanhamento médico regular, assim, as chances de cura e eficácia do tratamento são maiores.
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