Vida após o câncer de mama – O que muda?
Vencer e sobreviver à uma doença é uma grande vitória, mas nem sempre é o ponto final. A vida após o câncer de mama pode influenciar na qualidade de vida e autoestima das pacientes, o que requer cuidados ainda mais específicos.
Ou seja, esses pacientes devem ser acompanhados e monitorados para evitar a reincidência da doença, controle de efeitos colaterais e também das possíveis sequelas psicossociais e físicas.
Por isso, é importante saber quais são o passos seguintes após o tratamento da doença. Continue lendo o nosso conteúdo e tire suas dúvidas sobre o assunto. Mas lembre-se de sempre buscar a orientação de um profissional da saúde para mais informações!
+ Para saber mais, leia também: 14 Mitos e verdades sobre o Câncer de Mama
Quem é considerado sobrevivente do câncer de mama?
Conforme aponta o Instituto Nacional de Câncer (INCA), a pessoa é considerada sobrevivente a partir do dia do diagnóstico da doença e durante o resto de sua vida. Contudo, é muito comum que as pacientes prefiram deixar a experiência para trás e seguir em frente sem rótulos.
O que muda na vida após o câncer de mama?
É importante saber que, o acompanhamento médico para esses pacientes deve ser continuo, mesmo após o tratamento bem sucedido.
Portanto, as consultas periódicas com o seu médico são um bom momento para você fazer perguntas e falar sobre quaisquer alterações ou problemas que você apresentar após o tratamento. Além disso, outros exames devem se tornar rotina na vida dessas pacientes:
- Mamografias – mulheres que fizeram mastectomia (remoção de toda a mama) geralmente não precisam mais de mamografias do lado afetado. Se a cirurgia foi conservadora deve ser iniciada uns 6 a 12 meses após a cirurgia, desde que já tenha terminado a radioterapia. Mas, a menos que a mulher não tenha removido as duas mamas, ainda precisará fazer mamografias anuais na outra mama.
- Exames ginecológicos – mulheres que estão usando medicamentos hormonais e ainda tem útero, devem realizar exames ginecológicos anualmente uma vez que essas drogas podem aumentar o risco de câncer uterino. Esse risco é maior para mulheres na pós menopausa.
- Densidade óssea – mulheres que usam inibidores de aromatase para câncer de mama em estágio inicial, ou se tiveram a menopausa devido ao tratamento, serão monitoradas para uma possível perda óssea.
- Outros exames – exames de sangue e exames de imagem não são uma parte padrão do acompanhamento porque não aumentam a sobrevida de uma mulher tratada para câncer de mama. Mas eles podem ser realizados caso a mulher apresente determinados sintomas ou outros achados possam sugerir uma recidiva da doença.
Outros fatos sobre a vida após o câncer
Mesmo livre da doença, a mulher deve estar atenta quanto alguns fatos após o tratamento. Veja a seguir:
Mais atenção com a sua saúde
Os efeitos colaterais provocados pelos medicamentos não acabam ao fim do tratamento. É muito comum que o sistema imunológico continua abalado, e por isso, recomenda-se redobrar os cuidados com a saúde por um longo período.
Portanto, deve-se praticar exercícios e seguir dietas para manter a qualidade de vida. Isso além de contribuir para o tratamento, vai te ajudar a ficar mais atento aos sinais que o corpo envia, tendo mais cuidado com qualquer sintoma e dando mais valor à saúde física.
Cuidados sobre a gestação ou amamentação
Pesquisas indicam que é possível engravidar após o câncer de mama. Foram realizados testes feitos com e sem congelamento dos óvulos, onde mostraram resultados positivos de gestação bem-sucedida.
Contudo, alguns cuidados são necessários. O uso de determinadas medicações têm um prazo mínimo recomendado para que se tente engravidar.
Além disso, dependendo do tipo de tratamento, a criopreservação (congelamento dos óculos) pode ser indicada antes mesmo do seu início. Portanto, o mais recomendado é sempre consultar seu médico sobre suas expectativas.
A amamentação, por sua vez, é considerada uma forma natural de diminuir o risco do câncer de mama, já que durante o período de aleitamento, as taxas de hormônios que contribuem para o desenvolvimento de tumores tendem a cair.
Durante o período de aleitamento materno acontecem diverso processos de eliminação e renovação de células que podem apresentar lesões no material genético.
Prevenção é essencial
Os hábitos saudáveis fazem total diferença a longo prazo. Por isso, praticar atividades físicas, manter o peso corporal adequado, evitar o consumo de bebidas alcoólicas e o tabagismo, além, são algumas práticas benéficas que podem ajudar na prevenção do câncer de mama.
O autoexame é também uma medida importante de prevenção, portanto, busque conhecer os principais sinais e sintomas da doença, e ao primeiro sinal, procure a opinião de um médico.
Realizar uma vigilância regular para a detecção precoce de uma eventual recidiva (reaparecimento da doença) também é fundamental. Isso inclui a realização de consulta médica e exames de imagem regularmente.
Outras dicas para uma vida melhor após o câncer de mama
- Sempre que for a uma consulta, informe ao médico seu histórico completo do câncer de mama, com laudos, relatórios cirúrgicos, registros de exames e medicação tomada.
- Busque um grupo de apoio. Voltar à rotina pode ser difícil e requer um período de adaptação. Portanto, não tente lidar com isso sozinho.
- Considere o auxílio psicológico. Situações de impacto podem afetar nosso emocional, por isso é tão importante entender como estamos e como nos sentimos em relação a isso.
- Foque em suas metas para o futuro. Considere desde objetivos simples até os mais complexos e busque realizá-los!
A vida após o câncer de mama pode ser ainda melhor que antes, mas requer certos cuidados. Portanto, busque formas de manter sua saúde e bem-estar sempre preservada.
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