Amamentação: um ato de amor e cuidado
De acordo com recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS) e do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), a amamentação exclusiva nos primeiros seis meses de vida do bebê é fundamental uma vez que, além de fornecer todos os nutrientes que a criança precisa nessa fase, também contém anticorpos que fortalecem o sistema imunológico dos pequenos e os protege de infecções, reduz os riscos de alergias e contribui para a boa digestão.
Ou seja, o leite materno já é o suficiente para manter seu bebê alimentado, hidratado e protegido contra doenças. Não há necessidade de oferecer água, chás ou outros tipos de alimentos. Muito pelo contrário, a comunidade médica alerta para o risco de contaminações graves ao consumir alimentos e bebidas que contenham micro-organismos para os quais a imunidade do bebê ainda não está preparada.
A partir dos seis meses, com o acompanhamento adequado, é possível iniciar o processo de introdução alimentar, de forma a complementar a amamentação que deve continuar até cerca de dois anos de idade.
Se você é mamãe de primeira viagem ou conhece alguém que está vivendo essa fase, confira nossas dicas para amamentação, principais cuidados e os benefícios desse ato de amor.
Entenda a importância da amamentação e quais são os benefícios tanto para o bebê quanto para a mamãe
No mês de agosto, todos os anos desde 1992, acontece a campanha Agosto Dourado. Promovida pela OMS e Unicef, tem como principal objetivo conscientizar sobre a importância da amamentação nos primeiros anos de vida da criança e a necessidade de que toda a comunidade apoie e incentive o aleitamento materno.
Muito além de destacar os benefícios e vantagens desse ato, promover o aleitamento materno também envolve criar um ambiente seguro e confortável para mamãe e bebê, oferecer suporte tanto no período de adaptação quanto nas principais necessidades do dia a dia e, claro, ajudar na divulgação de informações válidas e que eduquem cada vez mais pessoas sobre o assunto.
Durante o mês todo de agosto são realizadas uma série de atividades, nos mais diversos setores (desde escolas à empresas e comunidades religiosas) com foco nos tópicos citados acima a partir de palestras, eventos, debates e divulgação de informações nas mídias sociais e meios de comunicação.
Afinal, o aleitamento é uma questão de saúde pública e envolve todas as esferas da nossa sociedade. Quer entender mais sobre os benefícios? Leia abaixo.
Benefícios da amamentação
Para o bebê
- Todos os nutrientes necessários: o leite materno é a principal (e exclusiva nos primeiros meses) fonte dos nutrientes que o bebê precisa para se desenvolver com saúde. Isso porque o leite materno é um alimento que contém proteínas, carboidratos, gorduras e diversas vitaminas em uma quantidade muito maior para o bebê do que os alimentos convencionais (que são suficientes para os adultos).
- Alta dose de imunidade: você sabia que o leite materno funciona como uma vacina para o bebê? O alimento apresenta anticorpos e outras substâncias capazes de fortalecer o sistema imunológico, mantendo o bebê protegido contra infecções e doenças causadas por vírus, bactérias e outros micro-organismos.
- Menos alergias: ao contrário dos demais alimentos, o leite materno é próprio para a nutrição do bebê e, por este motivo, há menos chances do desenvolvimento de alergias (causadas por ingredientes e outras substâncias presentes nos alimentos industrializados).
- Desenvolvimento cerebral: o leite materno contém ácidos graxos essenciais, fundamentais para o desenvolvimento do cérebro e do sistema nervoso do bebê.
- Prevenção doenças crônicas: segundo estudos, há indícios de que bebês amamentados até os dois anos de idade têm menos chances de desenvolver doenças crônicas, como obesidade, diabetes tipo 1 e tipo 2, e do coração.
Para a mãe
- Recuperação pós-parto mais rápida: o ato de amamentar ajuda na liberação de hormônio que contraem o útero e acelera o processo de recuperação do corpo da mulher.
- Redução dos riscos de câncer: estudos indicam que a amamentação pode ser a responsável por reduzir os riscos de desenvolvimento de câncer de mama e de ovário em mulheres que já tiveram filhos.
- Vínculo afetivo: toda mamãe que teve a oportunidade de amamentar sabe como esse momento entre ela e o bebê é indescritível e insubstituível. A amamentação é uma forma também de conectar ambos e fortalece o vínculo de amor gerado pela maternidade.
- Queima de calorias: a amamentação também é um dos facilitadores da recuperação do corpo quando o assunto é perda de peso pós-parto. Isso porque o processo demanda queima de energia e, consequentemente, calorias.
Dicas para uma amamentação mais tranquila
A rotina de amamentação deve variar de acordo com a mamãe e o bebê, suas particularidades, o ambiente onde estão inseridos e mesmo o contexto cultural. Entretanto, há algumas dicas que tornam o momento mais tranquilo e confortável para ambos. Quer saber mais? Confira!
- Se sentir segura sobre a amamentação desde o período da gravidez, consultando o médico responsável pelo acompanhamento, tirando todas as dúvidas e consumindo conteúdos confiáveis;
- Manter toda a rede de apoio da mamãe muito bem informada sobre o processo de amamentação, como o papai, os irmãos do bebê, vovô e vovó etc.;
- Conte com o apoio de profissionais de saúde, como enfermeiros obstétricos, doulas ou consultores de amamentação;
- Aprender a respeitar o tempo da mamãe e o tempo do bebê no período de adaptação. É importante entender que cada um tem suas próprias necessidades e aprender, juntos, como conciliá-las;
- Procure uma posição confortável para amamentar, usando almofadas de apoio, se necessário;
- A mamãe deve manter uma dieta equilibrada e não se esquecer de que a hidratação é essencial, especialmente nessa fase;
- Ouvir as experiências de outras mamães é muito importante, mas não se esqueça de que sua história é única e que você precisa valorizar também sua própria experiência;
- Peça ajuda sempre que sentir que precisa de apoio! Vocês não estão sozinhos!
Quando oferecer leite de fórmula ou suplemento alimentar?
O leite de fórmula para bebês é uma opção segura para casos em que, por diversos motivos clínicos e pessoais, a mamãe não pode amamentar a criança. Nesses casos, o médico responsável pelo acompanhamento da família deve indicar a melhor forma, de acordo com as necessidades do bebê e orientar sobre o consumo.
É importante destacar também que, ainda que o leite materno seja o ideal, o leite de fórmula pode ser necessário. Não cabe aqui julgamentos ou opiniões, especialmente de pessoas que não fazem parte da rotina da família ou que não sejam responsáveis pelo acompanhamento médico. As fórmulas são desenvolvidas para fornecer todos os nutrientes essenciais, além de serem testadas e seguras.
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