Alimento pode estar contaminado mesmo se apresentar cheiro bom.

Os cuidados com alimentos em casa não incluem apenas aqueles guardados na geladeira ou no freezer, mas também os produtos secos, como farinha, feijão e café. Segundo a infectologista Rosana Richtmann e a nutricionista Adriane Antunes, é importante observar sempre os prazos de validade e colocar os alimentos na embalagem adequada para evitar a contaminação por fungos, bactérias e toxinas, que resistem a ambientes quentes e úmidos.

As dicas servem também para os cereais, frutos secos, castanhas, amendoim e temperos. Mesmo que o alimento cheire bem, já pode estar estragado.

As especialistas indicam preservar a embalagem original do produto e não misturar itens novos com antigos.

Se houver caruncho no feijão, por exemplo, elimine os grãos ruins e prepare os que estão bons.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda muito cuidado nessa situação, principalmente com as frutas abertas para degustação, como abacaxi, manga e tangerina. Antes de comê-las, lave-as com hipoclorito de sódio diluído em água e depois corte-as em pedaços.

Uma das categorias de bactérias que costumam atingir os alimentos são as enterobactérias, como a Escherichia coli, encontrada nas fezes de animais e humanos. Suas principais manifestações no corpo são diarreia e vômito.

E. coli é transmitida por meio de alimentos contaminados, como carne mal passada, leite e sucos não pasteurizados, verduras, legumes e frutas cruas, e água. Mãos sujas ou mal lavadas são responsáveis pela transmissão de pessoa para pessoa.

Nos locais onde há surtos dessas bactérias, é fundamental evitar alimentos crus e consumir apenas os bem cozidos. Maus hábitos de higiene também favorecem o contágio pelo vírus da hepatite A.

O principal exame que permite saber qual bactéria causou uma doença é o de fezes. Essa identificação é de extrema importância para a saúde pública, especialmente na ocorrência de surtos.

Em geral, a E. coli permanece nas fezes até o término da diarreia, mas em alguns casos, principalmente entre crianças menores de 1 ano, pode durar semanas ou meses, mesmo depois de cessarem os sintomas.

Por isso, boas práticas de higiene são uma importante medida para evitar a propagação da doença no ambiente familiar e em outros espaços.

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