Campanha outubro rosa: Autoestima e qualidade de vida durante o câncer de mama
Os casos de câncer de mama no Brasil vem crescendo de forma abrupta. Por isso, durante a Campanha do outubro rosa se reforça pautas sobre a autoestima e qualidade de vida após o diagnóstico da doença.
Após o diagnóstico afirmativo de câncer de mama, as pacientes sofrem com diversas mudanças psicológicas e sociais, já que os seios são considerados símbolos de beleza corporal, de feminilidade e saúde em diferentes etapas da vida.
O problema se torna ainda maior quando existe a ameaça de perda do órgão, onde podem ocorrer danos emocionais e psíquicos.
Sendo assim, é importante salientar a atuação de profissionais, familiares e pessoas próximas com o intuito de minimizar esse impacto. Veja a seguir algumas dicas de como promover a autoestima e qualidade de vida nestes casos.
+ Para saber mais, leia também: Prevenção do câncer de mama e atividades físicas: Quais os benefícios?
O que é câncer de mama?
Considerado o tipo mais comum de câncer entre as mulheres no Brasil e no mundo, o câncer de mama é provocado em decorrência de uma disfunção celular que faz com que determinadas células do organismo se multipliquem desordenadamente, formando um tumor.
Sintomas do câncer de mama
Normalmente, o tumor não causa dor em fase inicial. Contudo, com o seu desenvolvimento, algumas alterações podem ser percebidas. Veja quais são elas:
- Presença de nódulos ou espessamento da mama, próximo a ela ou nas axilas;
- Enrugamento ou endurecimento da mama;
- Alteração no tamanho ou forma da mama;
- Alteração na pele da mama, da auréola ou do mamilo;
- Saída de líquido pelo mamilo, sensibilidade ou inversão do mamilo;
- Sensação de calor, inchaço e rubor na mama.
Vale salientar que ter um ou mais sintomas não significa que você tenha a doença. Contudo, a melhor opção sempre é consultar um médico de confiança para o diagnóstico preciso, e assim, orientar quanto a melhor opção de tratamento.
Diagnóstico do câncer de mama
Um dos principais objetivos da campanha do outubro rosa é a conscientização quanto ao diagnóstico precoce do câncer de mama. Isso porque, cerca de 95% dos casos diagnosticados ainda no início apresentam chances de cura.
Portanto, para a detecção precoce e garantir o tratamento adequado você deve:
O acompanhamento deve ser feito pelo menos uma vez ao ano.
Os exames devem ser feitos a partir dos 50 anos pelo menos 1 vez a cada dois anos. No caso de histórico familiar, recomenda-se fazer o exame mias cedo e 1 vez no ano.
Para isso, o médico irá levantar todo o histórico do paciente: familiar, clínico e pessoal. Junto dessas informações, o médico deverá solicitar alguns exames, como por exemplo:
- Mamografia – o exame é feito por meio de um aparelho de raios-X, onde duas placas de acrílico comprimem (achatam) levemente as mamas por alguns segundos;
- Ultrassom das mamas – através do uso de ondas de alta frequência, o exame analisa se um nódulo é sólido ou contém líquido em seu interior. Normalmente é feito como complemento do mamografia.
- Ressonância magnética – neste exame, digitaliza toda a mama e gera imagens detalhadas, diagnosticando nódulos não detectáveis na mamografia.
- Biópsia – a última etapa para o diagnóstico do câncer de mama, o médico remove parte do tecido da mama e busca por células cancerígenas.
Se o diagnóstico de câncer de mama for positivo, o médico pode realizar ainda outros exames. O teste de receptores hormonais, por exemplo, identifica se o câncer é ou não sensível à terapia hormonal (uma das opções de tratamento). Uma análise de outras áreas do corpo também pode ser necessária para ter certeza de que o câncer não se espalhou.
+ Leia também: Prevenção do câncer de mama e atividades físicas: Quais os benefícios?
Tratamento do câncer de mama
O tratamento do câncer de mama varia conforme o tipo e o estágio de desenvolvimento do tumor. Portanto, para cada tipo de câncer haverá um tratamento específico, que será definido após o diagnóstico.
Os tratamento mais comuns para o câncer de mama são:
- Quimioterapia – uso de medicamentos potentes com o objetivo de destruir o câncer, controlar ou inibir o crescimento das células doentes. Pode ser feita antes ou depois de cirurgias para retirada do tumor.
- Radioterapia – essa terapia faz uso de radiações que destroem ou inibem o crescimento de células cancerígenas. É muito comum no tratamento de tumores que não são totalmente ressecados, ou que costumam retornar ao mesmo local após a cirurgia.
- Hormonioterapia – indicado para casos em que o tumor tem relação à atividade de determinados hormônios femininos, o objetivo do tratamento é suprimir o fornecimento de estrogênio às células tumorais, impedindo ou inibindo o crescimento e proliferação delas.
- Terapia alvo – feita com o uso de medicamentos que atacam as células cancerígenas, como proteínas específicas, que permitem o crescimento delas de forma anormal.
Quando é necessário fazer a cirurgia para o câncer de mama?
As cirurgias para o câncer de mama são necessárias quando há necessidade de retirar o tumor. Classificamos elas como:
A cirurgia adequada varia de acordo com o tipo e estágio do câncer. Hoje em dia, é cada vez mais frequente a reconstrução mamária imediatamente após a retirada do tumor. Porém, as mulheres que não fizeram a reconstrução no momento da cirurgia, podem realizá-la mais tarde.
Existem novidades nas cirurgias de câncer de mama, que são:
- Quadrantectomia (conservadora) – retira-se apenas parte da mama;
- Mastectomia (radical) – é necessária a retirada da mama por completo;
- Biópsia do linfonodo sentinela – o linfonodo sentinela é o primeiro a receber a linfa (líquido que circula pelo corpo) do tumor na mama. Através da biópsia, é possível identificar se há possibilidade de o câncer sofrer metástase;
- Cirurgia radioguiada – permite que o cirurgião localize lesões não palpáveis, guiada por imagens dos tecidos cancerígenos marcados por um material que emite radiação. Possui maior eficácia com menor retirada do tecido mamário.
Autoestima e qualidade de vida durante o câncer de mama
Ao receber o diagnóstico da doença, a paciente passa por inúmeras combinações de tratamento, além da cirurgia que pode afetar seu bem-estar e saúde mental.
Além disso, os resultados desses procedimentos ou a não aceitação da doença podem acarretar em danos físicos e psicológicos irreparáveis, principalmente em mulheres que passaram por procedimento de retirada parcial ou total das mamas.
O procedimento pode interferir na autoestima da mulher por causa da estrutura cultural onde os seios representam a sensualidade e sexualidade da mulher.
Assim, a qualidade de vida dessas pacientes pode ser afetada. Apesar de ser um tema ainda muito discutido, este é um objetivo primário entre pacientes que estão em tratamento.
Contudo, com o avanço da medicina, a qualidade de vida de mulheres que sofrem com as consequências da doença pode ser restaurada. Com os grandes casos de sucesso no tratamento, além da opções de reconstrução da mama realizadas até mesmo pelo Sistema Único de Saúde (SUS), torna tudo mais viável.
Por isso, é muito importante reforçarmos sempre a importância que a campanha do outubro rosa tem em divulgar informações sobre a doenças e a conscientização sobre o diagnóstico e tratamento precoce.
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