Deficiência de zinco
Mineral essencial que atua em diversas funções do organismo como cofator de mais de 300 enzimas e proteínas, entre elas a anidrase carbônica, fosfatase alcalina, carboxipeptidases, álcool desidrogenase, superóxido dismutase, proteína C quinase, ácido ribonucleico polimerase e a transcriptase reversa.
Os tecidos que possuem a maior quantidade de zinco são os ossos, o fígado, a próstata e os testículos, sendo importante nas atividades do sistema imune, prevenção da formação de radicais livres, desenvolvimento sexual e cognitivo e síntese do DNA.
O organismo adulto contem dois kg de metais totais incluindo de 2 a 3 gramas de zinco, mais da metade do total é cálcio, seguido de sódio, magnésio e potássio.
A concentração de zinco no sangue depende do seu conteúdo na alimentação, a Ingestão Diária Recomendada (RDI) dos EUA de zinco é de 12 mg/dia para mulheres e 15 mg/dia para homens, grávidas e lactantes precisam de até 19 mg/dia.
Segundo a FAO, a deficiência de Zn acomete cerca de 20% da população mundial, nos EUA 50% das crianças entre dois e 10 anos ingerem abaixo do nível recomendado, enquanto que nos países pobres da Asia e da Africa tem uma grave insuficiência na dieta alimentar.
Fatores de Risco:
• Doenças hepáticas crônicas,
• Dietas veganas,
• Grávidas e lactantes,
• Crianças, adolescentes e idosos,
• Pessoas que realizam trabalho físico pesado,
• Diabéticos,
• Alcoólatras,
• Tabagistas,
• Pacientes com lesões graves.
Sinais e Sintomas:
• Falta de apetite,
• Diarréia,
• Queda de cabelo,
• Dermatite,
• Hipogonadismo e hipospermia,
• Hepatomegalia,
• Imunodepressão,
• Dificuldade de cicatrização,
• Cegueira noturna,
• Diminuição de paladar e olfato,
• Prostatite,
• Retardo de crescimento e desenvolvimento.
O diagnóstico feito através dos níveis de Zn plasmático e de Zn sérico é a mais utilizada devido à facilidade da análise, entretanto alguns fatores podem alterar seus resultados como: inflamação, estresse e a infecção, que diminuem a quantidade de Zn no plasma, indicando uma falsa deficiência de zinco. Pode ser afetada também pela concentração de albumina, hemólise, uso de anticoncepcionais e controle homeostático.
SAIBA MAIS:
A recomendação do consumo para indivíduos saudáveis varia conforme a idade.
A absorção intestinal de Zn é diminuída por fatores antagonistas na alimentação, como fitato, oxalato, taninos e polifenóis.
Existem técnicas culinárias capazes de diminuir a quantidade de fitatos nos alimentos e assim aumentar a absorção do zinco, uma delas é colocar as leguminosas de molho em torno de 12 horas.
A absorção pode ser facilitada pela presença de aminoácidos (cisteína e histidina), fosfatos, ácidos orgânicos e proteína.
Pode haver competição do Zn com os minerais cobre e ferro, dependendo da quantidade desses elementos na corrente sanguínea.
Após absorção e captação, o mineral é transportado no sangue portal e o fígado tem a função de distribuí-lo aos demais tecidos.
O zinco encontrado no organismo de adultos corresponde a cerca de dois gramas e 80% está presente nos músculos e ossos.
Na corrente sanguínea, encontra-se 90% nos eritrócitos, 9% no plasma e 1% nos leucócitos.
Alimentos ricos em Zn: abóbora e suas sementes; gengibre; noz-pecã; ervilhas; frutos do mar; nabo; castanha do Pará; gema de ovo; centeio; aveias integrais; amendoim e amêndoas.
Para não ocorrer excesso de zinco (hiperzincemia), o consumo não deve ser maior que 25mg/dia.