Doença de Lyme: como identificar e prevenir a infecção
Você já teve contato com um carrapato e ficou preocupado (a) com as possíveis consequências? Muita gente não sabe, mas além de causar incômodos, esses pequenos parasitas podem transmitir uma infecção perigosa e silenciosa: a Doença de Lyme.
Ela pode parecer inofensiva no início, com sintomas leves que lembram uma gripe comum. Mas se não for tratada, pode evoluir para problemas mais sérios que afetam articulações, coração e até o sistema nervoso.
A seguir, você vai descobrir como identificar os primeiros sinais da doença, entender como ela é transmitida, e o mais importante: como se proteger de forma eficaz, especialmente se você frequenta áreas com vegetação, animais ou trilhas.
O que é a Doença de Lyme?
A Doença de Lyme é uma infecção causada por uma bactéria chamada Borrelia burgdorferi, transmitida principalmente pela picada de carrapatos infectados — especialmente o Ixodes scapularis. Embora seja mais comum em regiões de clima temperado, como nos Estados Unidos e Europa, casos também vêm sendo identificados no Brasil, despertando a atenção de médicos e pesquisadores.
Muitas vezes subestimada, a doença pode começar com sintomas leves, parecidos com uma gripe. Mas, sem o tratamento adequado, pode evoluir para quadros graves, afetando as articulações, o sistema nervoso e até o coração.
O alerta é real: segundo um artigo publicado pela revista americana Time, quase meio milhão de pessoas são diagnosticadas com Doença de Lyme todos os anos nos Estados Unidos.
Como ocorre a transmissão?
A Doença de Lyme é transmitida exclusivamente pela picada de carrapatos infectados com a bactéria Borrelia burgdorferi. Esses parasitas se fixam firmemente na pele do hospedeiro e permanecem por horas ou até dias se alimentando de sangue.
Segundo pesquisadores que estudam a dinâmica da doença, um carrapato infectado pode transmitir a bactéria durante toda a sua vida, o que aumenta significativamente o risco de exposição em regiões onde o vetor está presente de forma constante.
Felizmente, não há transmissão direta entre humanos. Isso significa que não há risco de contágio por contato físico, pelo ar, amamentação ou secreções. Em casos extremamente raros, a transmissão pode ocorrer da mãe para o feto durante a gestação, mas não há indícios de risco para o bebê durante a amamentação.
Outro ponto importante é o período de incubação. Pode levar dias ou até semanas entre a picada do carrapato e o surgimento dos primeiros sintomas. Um dos sinais mais característicos é o eritema migratório, uma mancha avermelhada que se espalha em forma de anel ou alvo e pode aparecer em mais de um ponto do corpo simultaneamente.
Quais são os sintomas da Doença de Lyme?
Identificar os sintomas da Doença de Lyme pode ser um desafio, já que eles mudam de acordo com o estágio da infecção. A evolução da doença acontece em três fases distintas, e o corpo responde de maneiras diferentes conforme a bactéria Borrelia burgdorferi se espalha pelo organismo.
Entender essas etapas é essencial para buscar ajuda médica rapidamente e evitar complicações mais graves. Veja a seguir como a doença costuma se manifestar em cada fase:
Fase inicial localizada
Essa é a etapa mais precoce, quando a bactéria ainda está concentrada próximo ao local da picada. Um dos sinais mais característicos é o eritema migratório, uma mancha avermelhada que cresce gradualmente e pode ter a aparência de um “alvo” com círculos concêntricos.
Fase de disseminação precoce
Aqui, a bactéria já começa a se espalhar pelo corpo, alcançando outros tecidos e órgãos. Os sintomas se tornam mais diversos e, muitas vezes, confundem-se com infecções virais comuns, o que dificulta o diagnóstico.
Entre os sinais mais frequentes estão:
- Cansaço extremo
- Febre persistente
- Dores musculares e articulares
- Rigidez no pescoço
- Dor de garganta
- Inchaço dos gânglios linfáticos
- Manchas vermelhas em outras partes do corpo
- Náuseas e vômitos
- Tontura
Essa fase pode se manifestar semanas após a picada, e os sintomas podem ir e vir, dando a falsa impressão de melhora espontânea.
Fase crônica ou tardia
Se a infecção não for tratada, ela pode evoluir para uma fase mais grave, com sintomas prolongados e risco de comprometimento neurológico, cardíaco e reumatológico.
Nesse estágio, os sinais mais comuns incluem:
- Dores articulares intensas e recorrentes (especialmente nos joelhos)
- Inchaço articular
- Paralisia facial (conhecida como paralisia de Bell)
- Formigamento ou dormência em braços e pernas
- Problemas de memória e concentração
- Fadiga crônica
- Inflamação nos olhos
- Arritmias cardíacas
- Hepatite leve
Como é feito o diagnóstico?
O diagnóstico da Doença de Lyme pode ser uma tarefa complexa, especialmente em países como o Brasil, onde a infecção ainda é pouco reconhecida e, muitas vezes, confundida com outras condições. Por isso, é fundamental que médicos estejam atentos a um conjunto de fatores para chegar a uma conclusão precisa.
Em primeiro lugar, o profissional de saúde irá considerar o histórico clínico do paciente. Isso inclui a presença de sintomas característicos, como febre, dores musculares, fadiga persistente e manifestações cutâneas, além da exposição recente a áreas de risco — como trilhas em matas, zonas rurais ou contato com animais que possam carregar carrapatos. Essa etapa inicial já pode levantar suspeitas importantes.
Na sequência, o médico realiza o exame físico, com atenção especial à pele e ao sistema neurológico. A presença do eritema migratório — uma mancha avermelhada que pode ter a aparência de um alvo ou anel — é um dos indícios mais claros da infecção. Além disso, sinais como rigidez no pescoço, inchaço nas articulações ou até paralisia facial ajudam a reforçar o quadro clínico.

Contudo, para confirmar o diagnóstico, são necessários exames laboratoriais específicos. O mais comum é a sorologia para detecção de anticorpos IgM e IgG contra a bactéria Borrelia burgdorferi. Entretanto, vale lembrar que esses anticorpos demoram algumas semanas para aparecer no organismo, o que pode gerar resultados falsos negativos em fases muito iniciais da infecção.
Por essa razão, quando há suspeita clínica forte, o médico pode solicitar também o teste confirmatório Western Blot, que oferece maior precisão na identificação dos anticorpos produzidos pelo organismo.
A Doença de Lyme tem cura?
Sim. A Doença de Lyme pode ser tratada com antibióticos, especialmente quando diagnosticada precocemente. Os medicamentos mais utilizados incluem:
- Doxiciclina (uso adulto)
- Amoxicilina (uso pediátrico ou em gestantes)
- Cefuroxima em casos específicos
A duração do tratamento varia de 10 a 28 dias, dependendo da fase da infecção e do quadro clínico do paciente. Em situações mais graves, pode ser necessária a administração intravenosa.
Como prevenir a Doença de Lyme?
Quando o assunto é Doença de Lyme, a prevenção é, sem dúvida, a forma mais eficaz de proteção. Como ainda não existe vacina aprovada para uso amplo e a transmissão ocorre exclusivamente por carrapatos infectados, evitar a exposição ao vetor é a principal estratégia para manter a saúde em dia — especialmente para quem vive, trabalha ou passeia em áreas com vegetação densa.
Embora a infecção seja considerada rara no Brasil, a presença do carrapato transmissor em regiões de mata, campos e zonas rurais exige atenção redobrada. Por isso, adotar hábitos simples e preventivos pode fazer toda a diferença. A seguir, veja as principais recomendações:
Escolha bem o que vestir
Ao visitar áreas de mata ou locais com presença de vegetação alta, opte por roupas que cubram bem o corpo. Prefira calças compridas, blusas de manga longa e botas fechadas. Sempre que possível, acomode a barra da calça dentro das meias ou botas, criando uma barreira física contra o carrapato.
Além disso, usar roupas claras ajuda a visualizar mais facilmente qualquer carrapato que possa estar tentando se fixar à pele. Essa simples escolha pode permitir uma remoção rápida antes que a transmissão ocorra.
Use repelente de forma adequada
Outro aliado importante na prevenção é o uso de repelentes específicos contra carrapatos. Produtos que contêm DEET (na pele) ou permetrina (para aplicação em roupas e equipamentos) são os mais recomendados. Lembre-se de reaplicar o produto conforme as instruções do fabricante, principalmente em dias quentes ou úmidos, quando a sudorese pode reduzir sua eficácia.
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Faça inspeções regulares no corpo
Após qualquer atividade ao ar livre em áreas de risco, é fundamental examinar todo o corpo com atenção, especialmente nas dobras da pele, como atrás das orelhas, axilas, virilha, joelhos e couro cabeludo. Os carrapatos podem ser muito pequenos, então vale a pena usar um espelho ou pedir ajuda para verificar regiões de difícil acesso
Qual médico procurar?
Se você apresenta sintomas suspeitos ou teve contato com áreas de risco para carrapatos, é fundamental buscar ajuda médica o quanto antes. Os profissionais mais indicados para avaliar e conduzir o diagnóstico da Doença de Lyme são os infectologistas, que têm experiência no manejo de doenças causadas por bactérias e outros agentes infecciosos, e os reumatologistas, principalmente nos casos em que há queixas articulares persistentes.
Além disso, em situações que envolvem sintomas neurológicos, um neurologista também pode ser incluído na investigação.
Embora a Doença de Lyme ainda seja pouco discutida no Brasil, é fundamental ampliar a conscientização sobre seus riscos, sintomas e formas de prevenção. A infecção, transmitida por carrapatos infectados, pode parecer inofensiva no início, mas tem potencial para causar complicações graves se não for diagnosticada e tratada a tempo.
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