Efeito Rebote na Obesidade? Entenda Por Que Isso É um Mito
Quando o paciente para de tomar o medicamento para emagrecer, surge uma dúvida comum: vai ter efeito rebote na obesidade? Será que o peso volta automaticamente? Esse temor é compreensível. Mas a verdade é que a obesidade funciona de forma diferente do que muitos imaginam.
A seguir, você vai entender por que o chamado “efeito rebote na obesidade” é um mito. E mais: como o controle de peso depende da continuidade dos bons hábitos.
Obesidade é uma doença crônica e progressiva
Segundo a Dra. Danielli Orletti, médica especializada em Nutrologia e Medicina do Estilo de Vida, a obesidade é uma doença crônica, progressiva e recidivante.
Isso significa que ela é uma condição de longo prazo, que tende a se agravar com o tempo e que pode retornar mesmo após um período de melhora.
Esse comportamento é semelhante ao de outras doenças crônicas, como hipertensão e diabetes. A pessoa pode estar com os sintomas controlados durante o tratamento, mas, se interromper o acompanhamento médico ou abandonar os cuidados, a condição tende a reaparecer.
No caso da obesidade, isso significa que o peso corporal pode voltar a aumentar se os hábitos saudáveis forem deixados de lado. Isso não é um “efeito rebote” causado pelo remédio, mas sim uma característica natural da doença. É por isso que o tratamento da obesidade precisa ser contínuo, com foco na manutenção de um estilo de vida equilibrado, mesmo após o uso de medicamentos.
Entender esse conceito é fundamental para quebrar mitos e encarar a obesidade com a seriedade que ela merece. Afinal, como qualquer outra doença crônica, ela precisa de atenção, acompanhamento e estratégias de longo prazo.
Entenda o conceito de plataforma e vetores de emagrecimento
Imagine que o peso corporal está em uma plataforma. Para descer essa plataforma, usamos três vetores:
- Medicamento
- Alimentação
- Exercício físico
A medicação é o vetor mais potente. Ela tem capacidade de reduzir entre 15% e 20% do peso corporal. Já os vetores do estilo de vida têm menor potência. Em média, ajudam a reduzir cerca de 5% do peso.
Por isso, é comum usar os três vetores juntos no tratamento inicial. Essa estratégia garante maior eficácia.
Parar o medicamento não causa efeito rebote
Quando o paciente decide parar o remédio, é preciso manter os outros dois vetores: alimentação e exercício. Se eles forem retirados ao mesmo tempo, o peso tende a voltar. Não por um “efeito colateral”, mas pela ausência de força que mantenha o peso sob controle.
A Dra. Danielli Orletti compara com outras doenças crônicas: “Se você para de tomar um anti-hipertensivo, a pressão sobe. Isso não é efeito rebote, é a doença.”
O mesmo vale para diabetes. Ou sejase o paciente suspende a medicação e não cuida da alimentação, a glicemia sobe. Com a obesidade, o processo é o mesmo.
É possível parar o remédio com segurança?
Essa é uma dúvida comum, e a resposta é: sim, é totalmente possível. Mas o paciente precisa garantir que alimentação e atividade física permaneçam como base. Se a pessoa mantém esses dois vetores, ela consegue segurar o peso mesmo sem o medicamento. No entanto, se esses hábitos forem abandonados, a tendência é que a doença retorne.
E se a rotina mudar?
A vida nem sempre permite manter os mesmos hábitos. Uma mudança de cidade, de emprego ou o nascimento de um filho pode impactar a rotina.
Nesses momentos, o paciente deve conversar com o médico. Em alguns casos, pode ser necessário retomar o medicamento de forma sazonal. Isso ajuda a reorganizar o estilo de vida. Depois, com os hábitos retomados, o remédio pode ser retirado novamente.
Dicas práticas para manter o peso após parar o medicamento
Interromper o uso de medicamentos para emagrecer não significa abrir mão do tratamento. Pelo contrário: é nesse momento que o papel dos hábitos saudáveis se torna ainda mais importante para manter os resultados conquistados. Veja algumas estratégias que ajudam a sustentar o emagrecimento com saúde e equilíbrio:
1. Continue com o acompanhamento médico e nutricional
Após a suspensão do remédio, é essencial manter o contato regular com profissionais de saúde. Eles podem ajustar seu plano alimentar, acompanhar seu progresso e, se necessário, reavaliar a necessidade de retomar o medicamento temporariamente.
2. Tenha uma alimentação equilibrada e adaptável
Evite dietas restritivas que não se sustentam a longo prazo. Prefira uma alimentação variada, com foco em vegetais, proteínas magras, grãos integrais e gorduras saudáveis. Aprender a adaptar sua dieta em diferentes contextos é o que garante a continuidade do estilo de vida saudável.
3. Escolha uma atividade física prazerosa
A melhor atividade física é aquela que você consegue manter. Caminhada, dança, musculação, pilates… o importante é movimentar o corpo regularmente. O exercício não só ajuda a controlar o peso, como também melhora o humor, a disposição e o sono.
4. Cuide do sono e da saúde emocional
Dormir bem e gerenciar o estresse são pilares fundamentais do controle de peso. A privação de sono e a ansiedade aumentam os hormônios da fome, dificultando a saciedade. Técnicas como meditação, respiração consciente ou psicoterapia podem fazer parte desse cuidado.
5. Monitore seu progresso com gentileza
Acompanhe seu peso e medidas com regularidade, mas sem obsessão. Avalie também como está sua disposição, seus hábitos e sua relação com a comida. O foco deve ser manter uma rotina sustentável e não apenas números na balança.
Manter o peso não é um esforço isolado, mas um conjunto de ações que se reforçam mutuamente.
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A Dra. Danielli Orletti explica em detalhes por que efeito rebote na obesidade é um mito no podcast exclusivo da Farmadelivery. Acesse o canal no YouTube e confira o episódio completo. Descubra como manter o peso com segurança e clareza, mesmo após suspender o uso do medicamento.
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