Enxaqueca: Conheça mais sobre causas e prevenções
Enxaqueca é uma doença que atinge grande parte da população e muitas vezes é considerada uma simples dor de cabeça.
Acaba sendo por esse motivo ignorada a ida ao médico para um diagnóstico preciso.
A enxaqueca pode limitar e atrapalhar a qualidade de vida do indivíduo, diminuir o desempenho no trabalho e causar indisposição.
Confira nesse post algumas formas de evitar ou amenizar as crises de enxaqueca.
A palavra enxaqueca vem do árabe (ax-xaquica). Seu sinônimo migrânea, vem do grego (hêmikraníon), “metade do crânio”.
Outro termo utilizado é cefaleia, que serve para designar qualquer dor de cabeça, nem sempre se refere a enxaqueca.
Enxaqueca é um tipo de cefaleia e costuma ser recorrente, podendo ser de moderada a grave e pode durar entre 2h e 48h. Eventualmente, afeta um dos lados da cabeça e em alguns casos pode afetar ambos os lados, além de possuir natureza pulsante.
Tipos de enxaqueca
A enxaqueca pode ser acompanhada de náuseas, vômitos, fotofobia (sensibilidade à luz) e fonofobia (sensibilidade ao som), bem como intolerância a odores.
Existem três tipos de enxaqueca: com aura, sem aura e apenas aura sem cefaleia.
Aura
A aura é uma disfunção neurológica que costuma anteceder a fase da dor durando de 5 a 60 minutos.
Ocorre gradualmente, não é um caso comum dentre as pessoas que sofrem de enxaqueca.
É causada por um aumento da atividade dos neurônios responsáveis pela visão com aumento do fluxo sanguíneo.
Logo após esse aumento na atividade dos neurônios, as células ficam inativas e o fluxo de sangue diminui.
A aura, em resumo, é o resultado do espalhamento dessa inatividade neuronal.
Na maiorias dos casos afeta o aspecto visual, nesse meio tempo a pessoa vê pontos escuros, pontos brilhantes, imagens em ziguezague ou até um lado completamente escuro, surge em uma parte do campo visual e vai se espalhando.
Adormecimento da face e de um lado do corpo é outro sintoma não tão comum quanto os visuais, podendo afetar diretamente a fala com o relaxamento da língua, dificultando a dicção (por exemplo pensar em alguma palavra e acabar falando outra).
Causas da Enxaqueca
Fatores genéticos e ambientais são as principais causas de enxaqueca. Mais da metade dos casos possuem histórico familiar.
Outros fatores que contribuem para crises de enxaqueca são: estresse, ingestão de álcool, falta de alimentação, sono irregular, mudança climática, odores e perfumes, alta luminosidade, menstruação e exercícios em excesso.
A maioria dos casos ocorrem nas mulheres com idade entre 35 e 45 anos, a partir dos 45 anos a tendência em mulheres é cair, equilibrando os casos no quesito gênero.
No período infantil há um equilíbrio nos casos entre homem e mulher, porém na fase da puberdade, as mulheres também são mais afetadas.
Esse distúrbio ocasiona alguns problemas econômicos ao indivíduo, como faltas ao trabalho e escola, dia de trabalho improdutivo e procura por serviços médicos.
Alimentação e Enxaqueca
Uma das formas de evitar/prevenir a enxaqueca pode começar de uma maneira simples, como o controle da alimentação.
Alguns nutrientes presentes na dieta podem ajudar ou atrapalhar as crises de enxaqueca, confira abaixo.
Alimentos que potencializam a enxaqueca
Tartrazina e sulfito
Tartrazina e sulfito estão presentes em corantes e aditivos alimentares podem ocasionar reações alérgicas como: asma, bronquite, rinite, náusea, broncoespasmos, urticária, eczema e dor de cabeça.
Aspartame
Aspartame está presente em adoçantes artificiais e alimentos diets, quando exposto a uma temperatura igual ou maior que 30 graus, transforma alguns de seus componentes em neurotoxinas relacionadas à morte celular.
Histamina
Histamina está presente em alimentos fermentados, salsichas, bebidas alcoólicas entre outros.
Está envolvida com quadros de taquicardias, arritmias, variações de pressão sanguínea, aumento de secreções gástricas e isquemia intestinal.
Tiramina
Tiramina está presente em peixes em conserva, levedo de cerveja, vinho tinto, café e alguns tipos de queijo (cheddar).
O excesso de tiramina pode causar um desequilíbrio da pressão arterial e provocar também uma alteração nas reações químicas cerebrais.
Alimentos que evitam a enxaqueca
Vitamina B1 (Tiamina)
A vitamina B1 atua no organismo estimulando o apetite, contribui para o bom funcionamento do sistema nervoso, músculos e coração.
É encontrada comumente em: arroz integral, aveia, amendoim, feijão entre outros.
Vitamina B2 (Riboflavina)
A vitamina B2 ajuda no equilíbrio da pele, metabolismo das enzimas, olhos, células nervosas, entre outras.
É encontrada em: nozes, soja, ovos, brócolis, berinjela, entre outros.
Vitamina E (Tocoferol)
A vitamina E possui propriedade antioxidante que atua no combate aos radicais livres que geram danos às células do corpo humano.
É encontrada em saladas e legumes.
Magnésio
O magnésio é importante no processo de contração muscular, manutenção de ossos e dentes, transporte de energia e reações enzimáticas.
É encontrado em: banana, uva, couve, espinafre, entre outros.
Ômega 3
O ômega 3 auxilia no controle da pressão arterial, normaliza a circulação sanguínea e o ritmo do coração, melhora o funcionamento das atividades do cérebro e dificulta o desenvolvimento de processos inflamatórios.
É encontrado em: atum, salmão, óleo de canola e azeite.
Para evitar a doença, além do controle da alimentação é recomendado a prática de exercícios físicos e período de sono adequado.
Técnicas de relaxamento também são indicadas como por exemplo a acupuntura.
Durante as crises de enxaqueca, repouso em quarto escuro e silencioso pode ser o suficiente, já em outros casos, medicamentos e analgésicos podem ser necessários.
Procure sempre o acompanhamento de algum médico para maior eficácia no tratamento, pois sintomas e medicações podem variar de paciente para paciente.
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