Fratura no idoso
Causa comum e importante de morbidade e mortalidade na terceira idade, a fratura está relacionada com a maior propensão à queda, intensidade do trauma e à resistência óssea.
A maior parte envolve traumas de pequeno impacto, envolvendo ossos que estão enfraquecidos pela osteoporose ou outros processos patológicos.
Certos tipos de fraturas aumentam com o avanço da idade, principalmente quadril, corpo vertebral, úmero proximal, tíbia, punho, ramos púbicos, todos envolvendo com predominância o osso trabecular.
As quedas são as causas mais comuns, correspondendo a cerca de 90% das fraturas de quadril, antebraço e pelve, sendo que 33% das mulheres e 16% dos homens entre 65 e 90 anos irão sofrer uma fratura de quadril.
A frequência de mortalidade de fratura de quadril no primeiro ano chega a atingir de 15 a 20% dos casos.
Fatores de risco:
- Artrose e artrite;
- Osteopenia e osteoporose;
- Uso de órteses e próteses;
- Queda;
- Desmaios;
- Hipotensão ortostática;
- Diminuição dos reflexos;
- Doenças neurológicas;
- Metástase óssea;
- Linfoma e Mieloma;
- Diminuição da visão;
- Uso de medicamentos.
Sinais e sintomas da fratura de quadril:
- Dor de início súbito e impossibilidade para caminhar;
- Edema e/ou hematoma;
- Dor à palpação profunda da região inguinal;
- Pacientes com fratura impactada conseguem caminhar mesmo com o colo do fêmur fraturado;
- Movimentos limitados;
- O pé apontando para lateral;
- Fraturas deslocadas trocantéricas podem causar grandes hematomas.
O diagnóstico é realizado pelo histórico, exame físico e de imagens como radiografia, tomografia ou ressonância magnética.
SAIBA MAIS:
Em São Paulo são internados 30 idosos por dia com fraturas.
Segundo o Ministério da Saúde o número de fraturas em idosos aumentou 30% nos últimos cinco anos.
Na América do Sul esse volume deverá aumentar seis vezes nos próximos 20 anos.
Pratique exercícios físicos e faça mudanças na dieta, com a ingestão aumentada de cálcio somada a exposição ao sol durante 15 minutos diariamente.
Esses são alguns alimentos ricos em cálcio que não podem faltar na alimentação do idoso: frutas, legumes e verduras, além de leite e seus derivados.
E mais:
- Utilize óculos adequados;
- Faça correção cirúrgica de cataratas se necessário;
- Deixe prático o ambiente residencial;
- Use iluminação sinalizadora noturna;
- Retire os tapetes;
- Coloque suportes para as mãos nos boxes e vasos sanitários;
- Use sapatos e chinelos apropriados, que não deslizam.
Em idosos, acima de 80 anos, a frequência de quedas é ainda maior, cerca de 40% caem a cada ano. Entre os que moram em asilos e casas de repouso, a ocorrência chega a 50%.
Procure um médico geriatra.