Chia é a nova aposta para perder peso
Cultivada há 500 anos no México, até recentemente era pouco conhecida por aqui. A jornalista Glória Maria, por exemplo, conta que a descobriu no ano passado, em viagem ao Chile. Foi ao deserto do Atacama e voltou com um pote cheio do grão.
“Sou uma pesquisadora de tudo o que faz bem para a saúde e sempre que chego a um lugar tento ver o que há de novo. Lá estavam usando essa semente de chia, diziam que era boa para tudo. Para mim, era novidade”, conta.
Na ocasião, não sabia que a semente tinha a fama de fazer emagrecer. “Se soubesse, teria trazido com mais alegria!” Ela consome uma colher diariamente, pela manhã, e está gostando.
Uma das propriedades da chia é absorver mais de 12 vezes seu peso em água. Quando chega ao estômago, incha e o deixa cheio, além de retardar o esvaziamento gástrico. Dessa forma, prolonga a sensação de saciedade.
Ficar satisfeito por mais tempo tende a fazer com que se coma menos, mas não há evidências científicas de que o alimento faça emagrecer. Poucos estudos foram feitos até agora e nenhum constatou relação entre consumo de chia e redução no peso.
Benefícios
A chia pode não ser a solução milagrosa para emagrecer, mas faz bem à saúde. “É a maior fonte de ômega 3 que existe hoje no mercado”, afirma Tanise Amon, nutricionista do Instituto de Metabolismo e Nutrição.
O ômega 3 ajuda a controlar os fatores de risco para diversas doenças, pelo seu poder anti-inflamatório, explica a nutricionista funcional Paula Gandin.
A chia também é rica em antioxidantes, proteínas e minerais. A semente pode ser acrescentada a frutas e cereais ou usada como farinha no preparo de pães e bolos. Jobst recomenda o consumo de duas colheres de sopa cheias por dia. “Não é muito calórica. Uma colher tem em torno de 70 calorias”, diz.
Porém, somente a chia não é suficiente. “Não adianta ingerir chia antes das principais refeições e, ao longo do dia, se empanturrar de leite condensado. Ninguém emagrecerá assim.
Quando a gente fala em perda de peso, deve pensar primeiramente na modificação de gasto de energia corporal. O que se consegue principalmente com mudança de hábitos alimentares e de prática regular de atividades físicas”, afirma o médico Celso Cukier, do HCor (Hospital do Coração).