Síndrome do ovário policístico causa acnes e pode levar à infertilidade
Cerca de 25% das mulheres em idade fértil têm cistos no ovário, mas nem todo mundo que tem o problema sofre da chamada síndrome do ovário policístico. Para o diagnóstico da síndrome, a mulher tem que apresentar uma série de sintomas.
Alguns desses sintomas se apresentam na pele.
É nos ovários que o corpo da mulher armazena os óvulos – as células reprodutoras – e produz os hormônios femininos. Os cistos são pequenas bolsinhas com água que surgem nos ovários e podem atrapalhar seu funcionamento, tanto para a fertilidade quanto para a produção de hormônios. Dentre as mulheres que têm cisto, entre 5% e 10% têm a síndrome.
Os sinais mais importantes são alterações menstruais, ausência de menstruação, pelos no rosto, na barriga e nos seios, surgimento de acnes, ganho de peso e infertilidade. A síndrome do ovário policístico é considerada a segunda principal causa de infertilidade, atrás apenas da endometriose.
Os sintomas podem ser aliviados com tratamento hormonal. A pílula anticoncepcional, que altera a produção dos hormônios, reduz o aparecimento de pelos e espinhas e também regula o ciclo menstrual. Obviamente, o tratamento com a pílula não serve para ajudar a engravidar.
A síndrome provoca ainda resistência à insulina – o hormônio que faz com que os açúcares entrem nas células – e gera ganho de peso. Juntos, esses dois fatores podem levar à diabetes, por isso o tratamento hormonal é importante.
As acnes causadas pela síndrome do ovário policístico ficam mais concentradas no queixo. Para tratar as acnes, os cuidados com a pele têm que andar lado a lado com o tratamento hormonal. Quem tem muita espinha deve dar preferência a sabonetes feitos com enxofre ou ácido salicílico.
Espuma não é sinal de sabonete bom – quanto mais espuma um sabonete faz, mais ele agride a pele. Os sabonetes bactericidas também não devem ser usados em excesso, é melhor utilizá-los só para lavar as mãos. Os sabonetes com hidratante não substituem o hidratante.