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Síndrome nefrótica: entenda causas, sintomas e cuidados

Inchaço nos pés, urina espumosa e cansaço constante… Esses sinais podem parecer inofensivos à primeira vista, mas podem estar ligados a uma condição séria e pouco falada: a síndrome nefrótica. Embora o nome pareça complicado, entender o que ela representa é essencial para quem busca cuidar da saúde renal e evitar complicações futuras.

Muitas vezes, os sintomas surgem de forma discreta, o que dificulta o diagnóstico precoce e atrasa o início do tratamento adequado. A seguir, você vai descobrir o que é a síndrome nefrótica, quais são suas causas e sintomas mais comuns, além dos cuidados indispensáveis para lidar com essa condição de forma segura e eficaz.

O que é a síndrome nefrótica?

A síndrome nefrótica é uma condição clínica caracterizada pela perda excessiva de proteínas na urina, decorrente de danos nos glomérulos – estruturas dos rins responsáveis por filtrar o sangue.

Quando essas estruturas estão comprometidas, o organismo não consegue reter as proteínas necessárias, resultando em uma série de alterações importantes no corpo, como inchaço (edema), principalmente nas pernas e ao redor dos olhos, aumento do colesterol e maior risco de infecções.

Essa síndrome pode surgir como consequência de doenças primárias dos rins, como a glomeruloesclerose segmentar e focal, ou estar associada a condições sistêmicas, como lúpus, diabetes ou infecções virais. O diagnóstico geralmente envolve exames de urina, sangue e, em alguns casos, biópsia renal para identificar a causa exata.

O tratamento foca tanto no controle dos sintomas quanto na doença de base, com medicamentos como corticoides, imunossupressores e medidas para reduzir a perda de proteína e proteger a função renal.

Quais são os principais sintomas?

A síndrome nefrótica pode se manifestar de forma sutil no início, mas seus sintomas tendem a se intensificar com o avanço da condição. Identificar esses sinais precocemente é essencial para iniciar o tratamento e evitar complicações renais mais graves. A seguir, conheça os principais sintomas que merecem atenção.

Inchaço (edema) em pernas, rosto e abdômen

O inchaço é o sintoma mais comum e evidente. Ele ocorre devido à perda de proteínas na urina, o que provoca desequilíbrio nos fluidos corporais. Normalmente, o edema aparece primeiro nos tornozelos, pés e ao redor dos olhos, mas pode se espalhar para outras partes do corpo, como o abdômen. Em casos mais avançados, o inchaço pode ser intenso e dificultar até atividades do dia a dia.

Urina espumosa, fadiga e ganho de peso repentino

A urina espumosa é um sinal de que há uma quantidade anormal de proteínas sendo eliminadas. Além disso, a síndrome pode causar cansaço constante, resultado da baixa de proteínas essenciais para a energia e função muscular.

O ganho de peso, por sua vez, não está relacionado ao acúmulo de gordura, mas sim à retenção de líquidos causada pela condição. Esse conjunto de sintomas deve acender um alerta para a busca de avaliação médica.

O que causa a síndrome nefrótica?

A síndrome nefrótica pode ser desencadeada por diferentes fatores, que vão desde doenças renais primárias até condições sistêmicas que afetam a função dos rins de forma indireta. Entender essas causas é essencial para um diagnóstico preciso e para definir o melhor tratamento.

Doenças que afetam diretamente os rins

As chamadas nefropatias primárias são responsáveis por grande parte dos casos. Entre elas, destacam-se a glomeruloesclerose segmentar e focal, a glomerulonefrite membranosa e a doença de lesões mínimas. Essas condições atacam diretamente os glomérulos, comprometendo sua capacidade de filtrar o sangue corretamente, o que leva à perda de proteínas pela urina.

Condições secundárias: diabetes, lúpus e infecções crônicas

Além das doenças renais propriamente ditas, a síndrome nefrótica também pode ser consequência de outras enfermidades sistêmicas. O diabetes mellitus, por exemplo, é uma das principais causas de lesão renal crônica e pode levar à síndrome nefrótica com o tempo.

O lúpus eritematoso sistêmico, uma doença autoimune, também pode afetar os rins. Outras causas incluem infecções crônicas como hepatite B e C, além do HIV, que podem desencadear inflamações nos glomérulos.

Como é feito o diagnóstico?

O diagnóstico da síndrome nefrótica envolve uma combinação de exames laboratoriais e, em alguns casos, procedimentos mais específicos. A identificação precoce é fundamental para evitar a progressão da doença e preservar a função renal.

Exames de urina, sangue e imagem

O primeiro passo geralmente é um exame de urina, que revela a presença de proteinúria intensa — uma quantidade elevada de proteínas eliminadas. Em paralelo, exames de sangue ajudam a identificar níveis baixos de albumina, colesterol elevado e alterações nos níveis de creatinina e ureia, que indicam o funcionamento dos rins. Exames de imagem, como a ultrassonografia renal, também podem ser solicitados para avaliar a estrutura dos rins e descartar outras alterações.

A importância da biópsia renal em alguns casos

Em situações onde a causa da síndrome não está clara ou quando os sintomas são persistentes e graves, o médico pode indicar uma biópsia renal. Esse exame consiste na retirada de um pequeno fragmento do rim para análise microscópica.

Ele é essencial para identificar o tipo específico de lesão glomerular e orientar o tratamento adequado, especialmente em casos em que há suspeita de doenças autoimunes ou inflamatórias.

Veja também: Câncer de rim: como identificar o quanto antes?

Quais os cuidados e tratamentos indicados?

O tratamento da síndrome nefrótica deve ser individualizado e orientado por um especialista, já que ele depende da causa subjacente e da gravidade do quadro. O principal objetivo é controlar os sintomas, prevenir complicações e preservar a função dos rins a longo prazo.

Controle da causa primária da síndrome

Quando a síndrome nefrótica é consequência de uma doença primária dos rins ou de uma condição sistêmica, como o diabetes ou o lúpus, o primeiro passo é tratar essa condição de base. Um bom controle da glicemia ou do processo inflamatório, por exemplo, pode reduzir a progressão do dano renal e aliviar os sintomas.

Uso de medicamentos: corticoides, imunossupressores e diuréticos

O uso de corticoides, como a prednisona, é comum nos casos causados por doenças inflamatórias ou autoimunes. Em situações mais resistentes, entram em cena os imunossupressores, que ajudam a reduzir a atividade do sistema imunológico.

Já os diuréticos são importantes para controlar o inchaço, ao estimular a eliminação do excesso de líquidos acumulados. Em alguns casos, também podem ser prescritos medicamentos para controlar a pressão arterial e os níveis de colesterol.

Alimentação e monitoramento contínuo

Adotar uma alimentação equilibrada e com baixo teor de sal e gordura é essencial para controlar os sintomas e evitar a sobrecarga dos rins. A ingestão de proteínas deve ser ajustada com orientação profissional.

Além disso, o acompanhamento médico contínuo com exames regulares é indispensável para monitorar a função renal e ajustar o tratamento conforme necessário. Pequenas mudanças no estilo de vida, associadas ao uso correto dos medicamentos, fazem grande diferença na evolução do quadro.

A síndrome nefrótica tem cura?

A possibilidade de cura da síndrome nefrótica depende diretamente da causa e da resposta ao tratamento. Em alguns casos, a condição pode ser reversível; em outros, exige cuidados prolongados ao longo da vida.

Casos reversíveis e crônicos

Quando a síndrome nefrótica é provocada por doenças com tratamento eficaz, como a doença de lesões mínimas (comum em crianças), há grandes chances de reversão completa dos sintomas com o uso de corticoides e controle adequado.

Por outro lado, há situações em que o quadro se torna crônico, especialmente quando está associado a doenças sistêmicas como o lúpus ou a nefropatia diabética. Nestes casos, o objetivo passa a ser controlar a progressão e minimizar os danos aos rins.

O papel do acompanhamento médico regular

Seja em casos reversíveis ou crônicos, o acompanhamento médico regular é indispensável. Ele garante o ajuste do tratamento conforme a evolução da doença, evita complicações como insuficiência renal e permite uma resposta mais rápida a qualquer mudança no quadro.

Consultas periódicas, exames laboratoriais e controle de fatores de risco — como hipertensão e colesterol — são essenciais para preservar a função renal e garantir mais qualidade de vida ao paciente.

Como viver bem com a síndrome nefrótica

Mesmo sendo uma condição de saúde que exige atenção constante, é totalmente possível ter uma boa qualidade de vida com a síndrome nefrótica. Com as orientações corretas e alguns ajustes na rotina, o dia a dia pode ser mais leve e seguro.

Adaptações no estilo de vida

  • Manter uma alimentação equilibrada: com baixo teor de sal, gordura e proteína, conforme orientação médica.
  • Praticar atividades físicas leves: como caminhadas ou exercícios de baixo impacto, que ajudam na circulação e bem-estar.
  • Evitar automedicação: o uso de medicamentos sem prescrição pode prejudicar ainda mais os rins.
  • Controlar a pressão arterial e o colesterol: fatores que afetam diretamente a saúde renal.
  • Hidratar-se adequadamente: sempre com orientação médica, respeitando as necessidades do organismo.

A importância do apoio emocional e familiar

  • Buscar apoio psicológico: lidar com uma doença crônica pode gerar ansiedade ou tristeza, e a ajuda profissional faz diferença.
  • Contar com a rede de apoio: ter familiares e amigos por perto fortalece a motivação e ajuda no enfrentamento dos desafios diários.
  • Participar de grupos de pacientes: compartilhar experiências com quem passa pela mesma condição pode trazer conforto e informação.

Viver com síndrome nefrótica pode ser desafiador, mas com o diagnóstico precoce, tratamento adequado e mudanças conscientes no estilo de vida, é possível manter a saúde sob controle e preservar a qualidade de vida.

O acompanhamento médico contínuo, aliado ao suporte emocional e familiar, faz toda a diferença na jornada do paciente. Estar bem informado é o primeiro passo para enfrentar a condição com confiança e segurança.

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