Sintomas da Diabetes – 10 Sintomas para ficar atento!
Embora o diabetes seja uma doença parcialmente silenciosa e muitos portadores não conseguem identificar nenhum sintoma, uma parcela pequena dos indivíduos que desenvolvem a doença podem acabar notando alguns sintomas logo no estágio inicial. Sabendo disso, é necessário estar atento aos sintomas da diabetes em qualquer idade.
Caracterizada pela baixa na produção de insulina pelo pâncreas, ou pela má absorção do hormônio pelo organismo, a diabetes pode atingir desde crianças até os mais idosos, incluindo também gestantes. No caso da diabetes tipo 1, a doença é hereditária, enquanto a diabetes tipo 2 pode atingir todas as pessoas que não possuem hábitos saudáveis.
Abaixo listamos 10 sintomas da diabetes que você precisa ficar atento, de forma que fique mais fácil saber quando procurar ajuda médica para investigar o quadro. Veja a seguir!
+ Para saber mais, leia também: O que é diabetes? 4 dicas de como prevenir a doença!
10 sintomas da diabetes mais comuns
1. Micção frequente
Pacientes com diabetes tipo 1 e tipo 2 podem observar um aumento da vontade de urinar, chamado de poliúria, sendo um dos primeiros sinais que se manifestam.
Assim, para identificar se esse sintoma realmente indica diabetes, deve-se observar se o paciente apresenta glicose na urina, já que em indivíduos normais o açúcar é absorvido e volta para o sangue.
Contudo, em pacientes diabéticos a quantidade de açúcar que chega nos rins é muito maior do que o comum. Assim, os órgãos não conseguem absorver e filtrar a grande quantidade que recebem, sendo obrigados a eliminar grande parte da glicose por meio da micção.
Como não é possível eliminar apenas açúcar, os rins precisam diluir a glicose em água, fazendo com que quanto maior for a concentração de glicose no sangue, maior será a perda da substância na urina. Sendo assim, o paciente terá um volume maior de urina produzida ao longo do dia.
2. Cansaço em excesso
O cansaço em excesso e sem motivo pode ocorrer pela desidratação, já que o organismo elimina mais água do que é ingerida. Além disso, o sintoma pode ocorrer pela incapacidade das células de receber glicose, que é uma das fontes de energia do corpo.
Ou seja, sem esse combustível, o corpo tende a funcionar de forma debilitada, fazendo o paciente ter uma grande necessidade de repor as energias dormindo mais.
3. Sede em excesso
Devido a desidratação causada pela micção frequente, pacientes diabéticos tendem a sentir mais sede em uma tentativa do organismo de conseguir balancear os líquidos ingeridos e expelidos.
Pacientes que ainda ainda não foram diagnosticados e não tratam a doença tendem a urinar muito e desidratar mesmo tomando grandes quantidades de água, já que quanto maior está a glicemia no sangue, mais água a pessoa perde por meio da urina para eliminar o açúcar do organismo.
O ciclo vicioso só tende a se amenizar quando inicia-se um tratamento para baixar o açúcar na corrente sanguínea.
4. Fome em excesso
Com a falta de glicose, as células interpretam os sinais como se o paciente estivesse passando fome, fazendo com que ele tenha vontade de comer o tempo todo para conseguir a energia necessária para o corpo trabalhar.
Na diabetes tipo 1, porém, o indivíduo não ganha peso, já que mesmo com a alimentação frequente o organismo não consegue aproveitar o açúcar e elimina a substância pela urina.
Assim, com o passar do tempo o organismo entra em exaustão e a fome da pessoa diminui, podendo sumir completamente.
Contudo, em pacientes com diabetes tipo 2 acontece o contrário. A pessoa não consegue emagrecer devido a alta produção de insulina pelo pâncreas. Embora o hormônio não consiga colocar a glicose dentro das células, ele ainda atua transformando o excesso de açúcar no sangue em reservas de gordura.
Isso faz com que apenas uma parte do açúcar consiga chegar até as células, enquanto as outras partes são transformadas em gordura e eliminadas pela urina.
5. Perda de massa corporal
O emagrecimento sem explicação é mais comum na diabetes tipo 1, embora ocorra com menos frequência em quadros de diabetes tipo 2.
Isso porque como a insulina é responsável por armazenar a gordura, a ausência da produção desse hormônio, que ocorre em pacientes com diabetes tipo 1, acaba fazendo com que o açúcar ingerido não seja armazenado pelo corpo.
Com isso, o organismo acaba usando a gordura do próprio organismo para conseguir a energia para funcionar de forma adequada.
6. Mau hálito
O mau hálito causado pela diabetes acontece em decorrência da falta de glicose, que faz com que o organismo precise quebrar a gordura como fonte de energia.
Esse processo faz o organismo liberar corpos cetônicos, também chamados de cetonas.
Essas substâncias são eliminadas pela respiração ou pela urina, causando um odor adocicado e azedo na boca chamado de hálito cetônico. Esse mesmo processo também acontece em quem pratica jejum prolongado, ou é adepto de uma alimentação baixa em carboidratos.
Outras causas para o mau hálito em pacientes diabéticos são as infecções nas gengivas ou dentes, bastante comuns em quadros de diabetes.
7. Visão embaçada
A alta concentração de glicose no sangue causa um inchaço da lente do olho, o cristalino, causando uma visão turva por mudar sua flexibilidade e forma. Isso diminui a capacidade ocular de focar, tornando a visão mais embaçada que o normal.
Esse sintoma tende a ocorrer quando a glicemia está muito alta, e volta ao normal após o tratamento que controla a diabetes.
Vale lembrar que, esse sintoma não tem ligação com a retinopatia diabética, uma complicação da diabetes que acontece quando a glicemia não é controlada após anos da doença.
8. Infecções
O sistema imunológico de pessoas diabéticas é mais debilitado do que pessoas saudáveis, já que as células de defesa sofrem alterações e não consegue proteger o organismo de forma eficiente. Isso acaba deixando o corpo mais propício para infecções de urina, candidíase, infecções de pele e pneumonia.
9. Cicatrização deficiente
A glicose excessiva no sangue causa distúrbios no funcionamento do organismo principalmente quando ocorre de modo crônico. Isso debilita a cicatrização de feridas, já que as células responsáveis por reparar os tecidos sofrem alterações em suas funções.
A proliferação celular também passa por uma diminuição junto com a dificuldade em gerar novos vasos sanguíneos. Assim, ao passar dos anos, a doença ainda causa lesões dos nervos e faz com que paciente tenha uma sensibilidade menor na pele, de modo geral dos membros inferiores.
Com isso, pequenas feridas podem demorar para cicatrizar e se fechar, principalmente se o paciente não cuidar adequadamente dos cortes.
10. Cetoacidose diabética
A falta de glicose leva à produção de corpos cetônicos gerando um quadro chamado de cetoacidose, que acontece quando as cetonas são produzidas em excesso.
Com isso, o sangue tende a ficar mais ácido e, é mais comum que ocorra em pacientes com diabetes tipo 1, já que há uma ausência completa da insulina. Já em casos de diabetes tipo 2, dietas restritivas ou jejum prolongado, a quantidade de cetoácidos não é grande o suficiente para causar uma acidose grave.
Normalmente o quadro ocorre quando a glicose no sangue ultrapassa os 500 mg/dL, sendo considerada uma emergência médica. Neste caso, o paciente pode manifestar sintomas como vômitos, dor abdominal, prostração, confusão mental, náuseas e falta de ar.
Agora que você já sabe quais são os principais sintomas da diabetes, é importante buscar orientação médica caso esteja com suspeita da doença.
Isso porque, se o tratamento não for feito precocemente, o diabetes pode causar complicações de saúde graves, como por exemplo, amputação dos membros inferiores, derrames e infarto. Portanto, não deixe de consultar seu médico para realizar o diagnóstico imediatamente.