Segundo o estudo, quando testado em laboratório, a Ivermectina foi capaz de acabar com qualquer material genético do coronavírus em 48 horas.
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Ivermectina matou novo coronavírus em 48 horas segundo estudo Australiano

Segundo testes realizados por cientistas da Universidade Monash, na Austrália, a Ivermectina foi capaz de inibir o crescimento do microrganismo em apenas 48 horas.

Um medicamento comumente utilizado para combater parasitas (também conhecido como vermífugo) pode ser capaz de matar o novo coronavírus causador da pandemia de Covid-19.

O estudo com os resultados das análises foi publicado pela equipe no periódico Antiviral Research na última sexta-feira (03). De acordo com a pesquisa, o medicamento, conhecido como Ivermectina, interrompeu o crescimento do vírus Sars-CoV-2 quando testado em culturas de células.

O que é a Ivermectina

Segundo a Wikipedia, a Ivermectina (22,23-dihidroavermectina B1a + 22,23-dihidroavermectina B1b) é uma droga antiparasita de amplo espectro, tradicionalmente utilizada no combate a verminoses, e principalmente usado em humanos para o tratamento de “onchocerciasis” (“cegueira do rio”), mas também (tais como “estrongiloidíase”, “ascariasis”, “trichuriasis”, “filariasis” and “enterobiasis”), mas recentemente tendo mostrado eficaz contra a maioria das espécies de ácaros e carrapatos, além de algumas de piolhos também.

Em outras palavras, a Ivermectina é um medicamento que colabora no tratamento de diversas infecções causadas por vermes e parasitas que se instalam no organismo, além de problemas relacionados a ácaros, como sarna e piolho.

De acordo com o Ministério da Saúde, a contaminação por verminoses ocorre principalmente por meio do contato e da ingestão de água e alimentos infectados.

A Ivermectina é comercializada em embalagens contendo dois ou quatro comprimidos.



Para que serve a Ivermectina

De acordo com a bula disponibilizada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), a Ivermectina é indicada para o tratamento de diversas condições causadas por vermes e parasitas assim como para algumas infecções.

Principais indicações de uso da Ivermectina:

  • Estrongiloidíase intestinal: causada por um parasita denominado Strongyloides stercoralis.
  • Oncocercose: causada por um parasita denominado Onchocerca volvulus. A Ivermectina é indicada antes que o parasita se torne adulto, pois, quando já desenvolvido, ele reside em nódulos subcutâneos, que normalmente não são palpáveis. A retirada do nódulo, por meio cirúrgico, pode ser recomendada para eliminar os parasitas adultos dessa espécie.
  • Filariose (elefantíase): causada pelo parasita Wuchereria bancrofti.
  • Ascaridíase (lombriga): causada pelo parasita Ascaris lumbricoides.
  • Escabiose (sarna): causada pelo ácaro Sarcoptes scabiei.
  • Pediculose (piolho): causada pelo ácaro Pediculus humanus capitis.

Leia também: Hidroxicloroquina será usado para casos graves do novo coronavírus

O Estudo Australiano sobre a Ivermectina

Segundo o estudo, quando testado em laboratório, a Ivermectina foi capaz de acabar com qualquer material genético do vírus em 48 horas.

O líder do estudo, Dr. Kylie Wagstaff confirmou que, além da eliminação total em 48 horas com uma única dose, o remédio mostrou, também, eficácia na redução da carga viral nas primeiras 24 horas.

O pesquisador alertou, ainda, que os testes foram realizados in vitro, sendo necessários testes em humanos para garantir a eficácia da droga:

“A Ivermectina é amplamente usada e é vista como uma droga segura. Nós precisamos descobrir agora se a dosagem para se utilizar em humanos será eficaz”. Dr. Kylie Wagstaff

Apesar de desconhecer o mecanismo exato de como a Ivermectina atua no coronavírus, o líder do estudo acredita que, baseando-se em estudos anteriores com outros tipos de vírus, ela faz com que vírus pare de “reduzir” a habilidade da célula de se livrar dele.

A droga já havia mostrado eficácia em testes in vitro contra outros tipos de vírus, como os da dengue, da zika, do influenza e até mesmo do HIV.

O próximo passo é definir uma correta dosagem para humanos, garantindo a segurança do paciente, ao mesmo tempo em que o vírus ainda seja afetado. Só a partir daí é que será possível iniciar os testes clínicos.

E lembre-se, ainda é um estudo e a utilização da Ivermectina deve ser recomendada por um médico.

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