médico analisando exame de pessoa com azheimer

O que é Alzheimer​? Entenda como identificar a doença

Você já se perguntou o que é Alzheimer e por que essa doença tem sido tão discutida nos últimos anos? O Alzheimer é uma condição neurológica progressiva que afeta principalmente a memória, o raciocínio e, com o tempo, a capacidade de realizar atividades simples do dia a dia. Trata-se da forma mais comum de demência, e seu impacto vai muito além do paciente, afetando também familiares e cuidadores.

Entender os primeiros sinais, as possíveis causas, os tratamentos disponíveis e, principalmente, como prevenir ou retardar seu avanço é essencial para garantir mais qualidade de vida. A seguir, vamos esclarecer de forma didática tudo o que você precisa saber sobre o Alzheimer.

O que é Alzheimer?

O Alzheimer é uma doença neurodegenerativa crônica e progressiva que compromete áreas do cérebro responsáveis pela memória, linguagem, raciocínio e comportamento. Costuma se manifestar, principalmente, em pessoas acima dos 60 anos e é atualmente a principal causa de demência no mundo, afetando não só o paciente, mas também familiares e cuidadores.

Essa condição provoca a morte de células cerebrais de forma lenta e contínua, o que leva à perda de funções cognitivas. À medida que avança, o Alzheimer interfere diretamente na capacidade da pessoa realizar tarefas simples, como se alimentar, tomar banho ou reconhecer pessoas próximas.

Entenda a definição médica da doença

Do ponto de vista clínico, o Alzheimer é caracterizado pelo acúmulo anormal de proteínas no cérebro, especialmente a beta-amiloide e a tau, que formam placas e emaranhados tóxicos para os neurônios. Essa degeneração prejudica a comunicação entre as células nervosas e leva à atrofia cerebral, que pode ser observada por meio de exames de imagem.

Além dos sintomas cognitivos, a doença também pode trazer alterações de humor, comportamento e até desorientação, tornando essencial o acompanhamento médico para diagnóstico precoce e manejo adequado.

Diferença entre Alzheimer e outras demências

Embora o termo “demência” seja muitas vezes usado como sinônimo de Alzheimer, nem toda demência é Alzheimer. O Alzheimer é apenas um dos tipos de demência, representando cerca de 60% a 70% dos casos, mas existem outras formas com causas e sintomas distintos. Veja as principais diferenças:

  • Demência vascular: causada por danos aos vasos sanguíneos do cérebro, geralmente após AVCs (acidentes vasculares cerebrais). Os sintomas costumam surgir de forma mais abrupta e estão relacionados a déficits localizados, como dificuldade na fala ou movimentos.
  • Demência com corpos de Lewy: além da perda de memória, os pacientes apresentam alucinações visuais e flutuações cognitivas acentuadas. Também pode haver rigidez muscular, semelhante ao Parkinson.
  • Demência frontotemporal: afeta áreas do cérebro responsáveis pelo comportamento e linguagem. É mais comum em pessoas mais jovens (antes dos 65 anos) e pode causar mudanças significativas de personalidade.

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Quais são os primeiros sintomas do Alzheimer?

Identificar os sinais iniciais do Alzheimer é fundamental para buscar ajuda médica o quanto antes. Embora o esquecimento seja um dos sintomas mais conhecidos, ele não é o único. A doença costuma se manifestar de forma sutil e evolui gradualmente, o que pode dificultar o diagnóstico precoce.

Por isso, estar atento às mudanças no comportamento e nas habilidades cognitivas é um passo essencial no cuidado com a saúde mental, especialmente em idosos.

Sinais iniciais que merecem atenção

Os primeiros sinais costumam ser confundidos com o envelhecimento natural. Porém, alguns comportamentos indicam que é hora de procurar um especialista. Fique atento a sintomas como:

  • Esquecimentos frequentes, especialmente de eventos recentes ou informações importantes;
  • Dificuldade para encontrar palavras ou manter o raciocínio em conversas simples;
  • Desorientação no tempo e no espaço, como se perder em locais conhecidos;
  • Alterações de humor ou comportamento, como irritabilidade, apatia ou desconfiança sem motivo;
  • Problemas para executar tarefas familiares, como cozinhar, usar o telefone ou pagar contas;
  • Repetição constante de perguntas ou histórias já contadas;
  • Perda de iniciativa, com redução do interesse por atividades antes prazerosas.

Como os sintomas evoluem ao longo do tempo

O Alzheimer é uma condição progressiva. Isso significa que os sintomas se intensificam com o tempo, passando de leves para moderados e, em estágios mais avançados, tornando o paciente totalmente dependente.

  • Fase inicial: lapsos de memória, dificuldade com palavras e tarefas simples, pequenas confusões e mudanças de humor.
  • Fase intermediária: maior desorientação, dificuldade para reconhecer pessoas próximas, necessidade de ajuda para tarefas básicas.
  • Fase avançada: perda de habilidades motoras, incontinência, dificuldade para se comunicar e necessidade de cuidados em tempo integral.

Por que o Alzheimer acontece?

O Alzheimer é uma doença complexa e multifatorial, cuja origem envolve uma combinação de fatores neurológicos, genéticos e ambientais. Embora as causas exatas ainda não sejam completamente compreendidas, avanços na pesquisa têm proporcionado uma melhor compreensão dos mecanismos que contribuem para o desenvolvimento da doença.​

Fatores neurológicos envolvidos

Do ponto de vista neurológico, o Alzheimer é caracterizado por alterações específicas no cérebro que comprometem a comunicação entre os neurônios e levam à sua degeneração. As principais alterações incluem:​

  • Acúmulo de placas beta-amiloides: fragmentos da proteína beta-amiloide se acumulam entre os neurônios, formando placas que interferem na comunicação celular e desencadeiam processos inflamatórios.​
  • Formação de emaranhados neurofibrilares: a proteína tau, quando hiperfosforilada, forma emaranhados dentro dos neurônios, prejudicando o transporte de nutrientes e levando à morte celular.​
  • Redução da acetilcolina: há uma diminuição na produção de acetilcolina, neurotransmissor essencial para a memória e aprendizado, contribuindo para o declínio cognitivo observado na doença.

O que dizem os estudos sobre causas genéticas e ambientais?

Pesquisas indicam que fatores genéticos desempenham um papel significativo no risco de desenvolver Alzheimer. Estudos de genética molecular identificaram quatro genes associados ao aumento do risco da doença: APP, APOE, PSEN1 e PSEN2. Além disso, o alelo ε4 do gene APOE é considerado o principal fator de risco genético para a forma esporádica do Alzheimer.

Além disso, fatores como idade avançada, histórico familiar, sedentarismo, dieta inadequada, tabagismo e doenças cardiovasculares são considerados fatores de risco modificáveis que podem contribuir para o desenvolvimento do Alzheimer.

Veja também: O que fazer para ter um corpo saudável?

Existe tratamento para o Alzheimer?

Embora o Alzheimer ainda não tenha cura, existem tratamentos disponíveis que ajudam a retardar a progressão da doença e a melhorar a qualidade de vida do paciente. Os medicamentos mais utilizados atuam na regulação dos neurotransmissores do cérebro, como a acetilcolina e o glutamato, substâncias essenciais para a comunicação entre os neurônios.

Exemplos comuns incluem a donepezila, rivastigmina e memantina, que podem melhorar ou estabilizar os sintomas por um período. Além dos fármacos, intervenções não medicamentosas, como a estimulação cognitiva, a terapia ocupacional e o acompanhamento psicológico, são fundamentais para manter as funções mentais e promover o bem-estar emocional.

O tratamento do Alzheimer também envolve o cuidado com as condições associadas, como ansiedade, depressão, insônia e agitação, que podem piorar o quadro. O suporte de uma equipe multidisciplinar — incluindo neurologistas, geriatras, psicólogos e terapeutas — é essencial.

Mulher com Alzheimer sendo cuidada

O que pode influenciar o desenvolvimento da doença?

Diversos fatores podem aumentar a probabilidade de desenvolver Alzheimer ao longo da vida. Embora o envelhecimento seja o principal deles, há aspectos genéticos, comportamentais e clínicos que também influenciam significativamente o risco.

Fatores de risco: idade, histórico familiar e estilo de vida

  • Idade avançada: o risco aumenta significativamente após os 65 anos.
  • Histórico familiar: ter parentes de primeiro grau com Alzheimer eleva a chance de desenvolver a doença.
  • Sedentarismo: a falta de atividade física regular está associada ao declínio cognitivo.
  • Dieta desequilibrada: alimentação rica em gorduras saturadas e pobre em vegetais e antioxidantes pode impactar negativamente o cérebro.
  • Tabagismo e consumo excessivo de álcool: prejudicam a saúde cerebral e aumentam o risco de demência.
  • Baixo estímulo intelectual: pouca leitura, ausência de novos aprendizados ou isolamento social podem acelerar a perda cognitiva.

Doenças associadas e condições agravantes

  • Hipertensão arterial: prejudica a circulação cerebral e pode favorecer lesões no cérebro.
  • Diabetes tipo 2: está ligada a alterações metabólicas que aumentam o risco de Alzheimer.
  • Colesterol elevado: contribui para o acúmulo de placas nos vasos sanguíneos do cérebro.
  • Depressão crônica: pode ser tanto um fator de risco quanto um sintoma precoce da doença.
  • Obesidade: está associada à inflamação e ao comprometimento vascular cerebral.
  • Apneia do sono: reduz a oxigenação cerebral durante o sono, o que pode afetar a memória e outras funções cognitivas.

Como prevenir o Alzheimer?

Você não pode impedir o Alzheimer com certeza, mas pode reduzir significativamente o risco ao adotar hábitos saudáveis desde cedo. A boa notícia é que muitas dessas ações também trazem benefícios para todo o corpo, promovendo saúde, bem-estar e longevidade.

Hábitos que protegem o cérebro

  • Exercite sua mente: leia, aprenda algo novo, faça palavras-cruzadas e mantenha sua mente ativa.
  • Mantenha o convívio social: interagir com amigos e familiares fortalece a cognição e reduz o risco de isolamento e depressão.
  • Durma bem: a qualidade do sono impacta diretamente na saúde cerebral e na consolidação da memória.
  • Tenha uma alimentação equilibrada: priorize alimentos ricos em ômega-3, antioxidantes, frutas, vegetais e grãos integrais.
  • Evite álcool em excesso e o tabagismo: ambos estão ligados ao aumento do risco de doenças neurodegenerativas.

Importância da saúde cardiovascular e mental

  • Cuide da pressão arterial: mantenha-a sob controle para evitar lesões nos vasos cerebrais.
  • Controle o diabetes e o colesterol: essas condições, quando mal controladas, favorecem o declínio cognitivo.
  • Pratique atividades físicas regulares: o exercício melhora a circulação sanguínea e estimula a produção de substâncias protetoras para o cérebro.
  • Gerencie o estresse: técnicas de relaxamento, meditação e momentos de lazer ajudam a proteger a saúde mental.
  • Busque apoio psicológico se necessário: tratar ansiedade e depressão precocemente é fundamental para a saúde do cérebro.

Quando procurar ajuda médica?

Perceber que algo não vai bem com a memória ou o comportamento de alguém próximo pode gerar dúvidas e insegurança. No entanto, buscar ajuda médica o quanto antes é essencial para identificar a causa dos sintomas e iniciar o tratamento adequado. Nem todo esquecimento está relacionado ao Alzheimer, mas mudanças persistentes no raciocínio, na linguagem ou na orientação merecem atenção.

Exames e diagnósticos disponíveis

O diagnóstico do Alzheimer envolve uma avaliação clínica detalhada, feita geralmente por neurologistas, geriatras ou psiquiatras, que analisam o histórico do paciente, seus sintomas e o impacto no dia a dia. Para complementar, os seguintes exames costumam ser solicitados:

  • Exames neuropsicológicos: testam a memória, atenção, linguagem e outras funções cognitivas;
  • Ressonância magnética ou tomografia computadorizada: ajudam a visualizar possíveis alterações cerebrais, como atrofia em áreas específicas;
  • Exames de sangue: descartam outras causas para os sintomas, como deficiências vitamínicas ou distúrbios hormonais;
  • PET scan cerebral: em alguns casos, é usado para identificar padrões de atividade cerebral característicos do Alzheimer.

Saber o que é Alzheimer e entender seus sintomas, causas e formas de prevenção é um passo fundamental para proteger a saúde do cérebro. A doença pode ser desafiadora, mas o diagnóstico precoce e o acompanhamento adequado fazem toda a diferença.

Com informação, apoio familiar e cuidados contínuos, é possível oferecer mais dignidade, conforto e qualidade de vida para quem enfrenta essa condição.

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