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Como saber se sofro de enxaqueca?

A enxaqueca é uma das cefaleias mais comuns. Em geral, presente em 10 a 20% dos indivíduos. É uma das cefaleias mais incapacitantes, sendo responsável por uma média de 4 dias de trabalho perdidos por ano nas pessoas por ela acometidas.

O diagnóstico da enxaqueca é clínico, realizado através das características e aspectos da dor. Os sintomas da enxaqueca são dor de cabeça geralmente do tipo pulsátil, latejante, tipicamente em um lado da cabeça, acompanhada de náusea (às vezes vômitos) e sensibilidade à luz e/ou sons.

Existem vários tipos de enxaqueca, como as enxaquecas com aura e sem aura, a enxaqueca crônica, a enxaqueca episódica, a enxaqueca menstrual, a enxaqueca basilar e a enxaqueca hemiplégica.

Um dos principais diagnósticos diferenciais da enxaqueca é a cefaleia tensional. Esta última, ao contrário da enxaqueca, apresenta uma dor em peso, não latejante, de fraca a moderada intensidade, não acompanhada de enjoo, nem de incômodos com barulho e/ou luz.

Existem pacientes que podem apresentar os dois tipos de crises, dores de cabeça mais fracas, com as características da cefaleia tipo tensional e, ao mesmo tempo, outras crises mais fortes, com as características da enxaqueca. É o chamado “continuum”, estando em um dos polos, a enxaqueca com crises mais fortes e sintomas mais evidentes, e no polo oposto a cefaleia tensional, com intensidade menor da dor e dos sintomas.

Tratamento da enxaqueca

O primeiro passo para um tratamento eficaz da enxaqueca ou de qualquer outra cefaleia, é o correto diagnóstico. Entender o que é a enxaqueca, saber suas causas e como evitá-la, é fundamental para o paciente.

O sistema de dor é um sistema de defesa do organismo que dispara quando algo não está bem. Na enxaqueca, esse sistema dispara em excesso, tanto por uma predisposição quanto por um excesso de fatores desencadeantes e, para o seu melhor entendimento, muitas vezes é necessário preencher um diário, que permite anotar a ocorrência das crises e os principais desencadeantes, nos quais ressaltam-se:

• preocupações, ansiedade, estresse;

• ficar sem se alimentar, ingerir bebida alcoólica, uso excessivo de café e adoçantes;

• período menstrual em mulheres;

• alterações no sono (dormir pouco, dormir muito ou sono mal dormido)

• exposição à luz do sol e claridade, bem como a mudanças climáticas;

• tabagismo e poluição.

Portanto, é imprescindível tratar o problema em sua raiz, evitando que o sistema de dor dispare excessivamente e de maneira anormal. Desse modo, os analgésicos podem ser úteis no controle agudo da dor (no momento da crise); mas não tão importantes quanto as medicações profiláticas (que previnam e evitem as crises). Existem tratamentos medicamentosos preventivos e não medicamentosos para a profilaxia da enxaqueca e geralmente eles são associados.

Como buscar e fazer um tratamento?

Procure um profissional especializado em busca do tratamento mais adequado para suas queixas de cefaleia. Procure fazer exercícios físicos, dormir bem, não exagerar na ingestão de bebidas alcoólicas ou que contenham cafeína (café, chás, refrigerantes à base de cola). Além de não se preocupar, nem se irritar excessivamente.

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