Saiba o que depressão e quando buscar ajuda médica.

Depressão: O que é e quando buscar ajuda?

A depressão é um transtorno psicológico bastante comum, mas grave, que pode interferir diretamente na qualidade de vida do indivíduo. A condição é caracterizada pela tristeza constante e a perda de interesse em realizar atividades que antes eram divertidas.

Apesar de ser um sintoma comum, a tristeza na depressão pode ser tão profunda e duradoura que afeta a vida da pessoa impedindo até mesmo a realização de tarefas básicas, como comer ou tomar banho.

Algumas pesquisas indicam que a doença tem influencia genética e também atua em conjunto com fatores ambientais. Contudo, a depressão tem cura, mas requer um acompanhamento continuo e demorado.

Saiba mais sobre a doença, sintomas, tratamento e quando buscar ajuda. Leia até o final e informe-se!

+ Leia também: O que é saúde mental?

Informações importantes

Pesquisas realizadas em 2021 apontam que no Brasil, em média, 11,3% dos brasileiros relataram ter recebido o diagnóstico positivo para depressão. Além disso, foi identificado que o número de mulheres é maior (14,7%) em comparação aos homens (7,3%).

Em outra pesquisa, desta vez realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2019, apontou que 10,2% das pessoas com 18 anos ou mais receberam o diagnóstico de depressão.

Veja a seguir outras informações importantes:

  • Estima-se que no mundo, mais de 300 milhões de pessoas, de todas as idades, sofram com a depressão;
  • A condição é a principal causa de incapacidade em todo o mundo e contribui de forma considerável para o desenvolvimento de outras doenças;
  • Em casos extremos, a depressão pode levar ao suicídio.


Quais os tipos de depressão?

Como qualquer outra doença, a depressão se manifesta de forma diferente, variando de pessoa para pessoa, seus hábitos e fatores de risco.

Por isso, vale entender e saber identificar como cada um deles se apresenta. Veja a seguir os principais deles:

Depressão pós-parto

No Brasil, estima-se que 1 a cada 4 mulheres podem sofrer com a depressão pós-parto. Nesta condição as mulheres experimentam grande depressão durante a gravidez ou após o parto.

Esse tipo de condição é mais comum em mulheres que têm falta de apoio emocional ou que não desejaram a gravidez.
Esse tipo de depressão é mais comum em mulheres que têm falta de apoio emocional ou que não desejaram a gravidez.

Ela se caracteriza por uma tristeza profunda que incapacita a mulher a realizar suas atividades e que podem dificultar que essas novas mães completem atividades de cuidados diários para si e/ou para seus bebês.

Transtorno depressivo persistente

Também conhecido como Transtorno distímico, é um distúrbio mental que afeta pessoas de todas as idades, e entre outras questões, o quadro tem seu diagnóstico marcado pela persistência dos sintomas por mais de dois anos.

Esse é um transtorno emocional comum e que impacta, significativamente, a rotina e a qualidade de vida dos pacientes.

Na maioria dos casos, a condição se caracteriza pela baixa persistente do humor, irritabilidade e desinteresse por atividades que antes eram prazerosas, assim, o paciente se torna muitas vezes apático e indisposto.

Depressão psicótica

Considerada um tipo grave de depressão, ela se manifesta por meio de sintomas depressivos que são acompanhados de sintomas psicóticos, como por exemplo, alucinações e delírios. Em alguns casos, os pacientes podem até mesmo ouvir vozes e ver pessoas/coisas que não existem.

Os sintomas psicóticos costumam se desenvolver depois que o indivíduo já apresentou diversos episódios de depressão, e apesar de alguns indicativos, ainda não foi definido a causa principal da depressão com sintomas psicóticos. Contudo, fatores hereditários, biológicos e de ambiente são alguns fatores que influenciam a condição.



Quais os sintomas?

Além da sensação de estar deprimido quase todos os dias e do desinteresse em fazer atividades comuns, os sintomas comuns da depressão são:

  • Alterações de apetite e de peso não intencional;
  • Insônia ou sonolência em excesso, praticamente diárias;
  • Agitação ou apatia psicomotora, quase todos os dias;
  • Sentir-se sem energia e com muito cansaço;
  • Sentimento permanente de culpa e inutilidade;
  • Dificuldade de concentração e de memória;
  • Ficar facilmente irritado;
  • Ter pensamentos suicidas;
  • Baixa autoestima,
  • Alteração da libido.
  • Sentir-se triste, ansioso ou “vazio”;
  • Ter sentimentos de falta de esperança ou pessimismo frequentes.
Estudos também indicam que a depressão pode surgir devido a desequilíbrios químicos no cérebro.
Estudos também indicam que a depressão pode surgir devido a desequilíbrios químicos no cérebro.

No início, os sintomas podem não ser reconhecidos como da depressão, mas nunca devem ser invalidados, principalmente nos casos de ideias suicidas.

Fatores de risco

A condição pode afetar qualquer pessoa, mesmo aquelas que parecem viver em circunstâncias relativamente ideais. Portanto, a ideia de que apenas quem é triste sofre com a depressão é completamente equivocada.

Contudo, existem alguns fatores considerados de risco para o desenvolvimento da doença. Veja a seguir:

  • Bioquímica: Diferenças em certas substâncias químicas no cérebro podem contribuir para os sintomas, além de disfunções hormonais;
  • Genética: Depressão pode ocorrer em famílias, como por exemplo, se um gêmeo idêntico tem depressão, o outro tem 70% de desenvolver a doença em algum momento da vida;
  • Fatores ambientais: A exposição contínua à violência, negligência ou abuso pode tornar algumas pessoas mais vulneráveis.

Além disso, outras situações podem aumentar as chances de ter depressão:

  • Divórcios, perda de emprego, desemprego por tempo prolongado ou o luto;
  • Uso excessivo de internet e redes sociais;
  • Vícios em cigarro, álcool e drogas ilícitas;
  • Estresse crônico e ansiedade crônica.

+ Para saber mais, leia também: Sintomas de ansiedade e sinais para se atentar!

Diferenças entre depressão e tristeza

O processo de luto, perda do emprego ou término de um relacionamento podem ser experiências difíceis de suportar, por isso, é comum que a pessoa se sinta deprimida. Contudo, ficar triste é diferente de ter depressão, veja quais são as principais delas:

A condição pode surgir em qualquer momento da vida e afetar pessoas de todas as idades.
A depressão pode surgir em qualquer momento da vida e afetar pessoas de todas as idades.
  1. A depressão é uma tristeza profunda e muitas vezes sem conteúdo, sem motivo aparente. Já a pessoa triste pode ter sintomas físicos, como aperto no peito, taquicardia, choro. 
  2. A pessoa deprimida tem pensamentos suicidas, mas quem está triste costuma ter pensamentos repetitivos sobre a razão da tristeza.
  3. Quando deprimida, a pessoa sente, pelo menos, duas semanas de uma tristeza profunda e contínua.


Depressão tem cura? Quando devo buscar ajuda?

Apesar de ser uma doença considerada crônica e que pode durar permanecer com o paciente por meses ou até mesmo anos, ela tem cura, principalmente nos casos mais leves. Portanto, sempre que notar a presença dos sintomas destacados a cima, busque ajuda psicológica.

Mas vale ressaltar que em quadros mais graves, possivelmente, o tratamento será mantido por anos. Por isso, é importante sempre seguir as orientações do médico corretamente e não abandonar o tratamento no meio.

Diagnóstico e tratamento

O diagnóstico e tratamento para depressão deve ser sempre feito por um psicólogo e/ou um psiquiatra, podendo variar de acordo com a idade e a intensidade dos sintomas.

Para o tratamento nos casos mais leves de, normalmente é indicado apenas a psicoterapia, deixando os medicamentos e outras terapias para as situações com sintomas mais graves.

A psicoterapia consiste na realização de sessões, que têm como objetivo ajudar a lidar melhor com as emoções e sentimentos, estimulando o autoconhecimento e a resolução de conflitos que podem originar a depressão. Já no tratamento medicamentoso, se faz o uso de antidepressivos que regulam algumas substâncias químicas no cérebro, o que permite controlar os sintomas.

O abandono do tratamento é a principal origem do aumento das taxas de insucesso da cura da depressão.
O abandono do tratamento é a principal origem do aumento das taxas de insucesso da cura da depressão.

Agora que você já sabe o que é a depressão e quando deve buscar ajuda, não deixe procurar um profissional para mais orientações e cuidados com a sua saúde. Saber reconhecer que você não está bem já um grande passo para sair da situação.

Ficou com alguma dúvida sobre o assunto? Deixe sua questão nos comentários abaixo para podermos ajudar a resolvê-la. 

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