DISPLASIA MAMÁRIA
A displasia mamária ocorre de uma proliferação desordenada do tecido fibroso que sustenta as glândulas mamárias, levando à formação de pequenos nódulos ou cistos. Esses nódulos são dolorosos e aumentam a sensibilidade das mamas, sendo mais acentuado no período pré-menstrual.
É uma doença benigna, facilmente tratável, normalmente descoberta pela própria mulher ao realizar o autoexame. A displasia mamária não induz e nem se transforma em câncer de mama, podendo desaparecer espontaneamente. Sob influência hormonal, principalmente estrógenos e progesterona (hormônios sexuais femininos), as mamas podem apresentar modificações fisiológicas com pequenas dilatações de seus ductos (canais) e as mulheres podem ser assintomáticas. Os cistos são mais frequentes no período reprodutivo da mulher, principalmente entre os 35 e 50 anos de idade. São mais raros após a menopausa, se a mulher não estiver realizando reposição hormonal. Estas alterações normais são mais frequentes em mulheres que não têm filhos ou tiveram há vários anos. Raramente existe dor ou cistos mamários em mulheres que tiveram filhos ou amamentaram até dois anos atrás. A dor é de fraca intensidade e piora com a preocupação por pensar que apresenta alguma doença das mamas ou quando está nervosa por outros motivos. Os espessamentos e os nódulos, que geralmente são cistos, necessitam de avaliação do mastologista, que facilmente fará o diagnóstico diferencial.
SINTOMAS:
- Aumento do volume das mamas;
- Consistências densas, irregulares e desiguais, semelhantes a um “saquinho de pedras”, no tecido mamário;
- Pequenos nódulos endurecidos e dolorosos ao toque;
- Dor nas mamas que aumenta no período pré-menstrual. Dor que chega, em alguns casos, a afetar as atividades diárias.
O desconforto mamário melhora após cada período menstrual. Mesmo sabendo que em 80% dos casos os nódulos são benignos, a mulher não deve deixar de fazer o autoexame e procurar um médico especializado. Afinal, muitos sintomas de alterações benignas nas mamas são parecidos com os do câncer. Entre eles estão: diferença no formato dos seios, secreção no mamilo, dor localizada em uma parte do seio, caroços duros ou moles (não desaparecem após o início do período menstrual ou crescem), infecção da pele quando não desaparece com tratamento e mamilo invertido.
DICAS:
- Evite o estresse;
- Cuidado com os níveis de estrogênio elevado;
- Hereditariedade é um fator importante – aproximadamente uma em cada 10 mulheres que desenvolve a doença tem um parente com o problema;
- As dores mamárias cíclicas que acontecem sempre às vésperas da menstruação merecem orientações nutricionais e dietéticas restringindo sal, café, chocolates, refrigerantes, diminuindo a ingestão excessiva de alimentos gordurosos e aumentando a ingestão de água;
- Os sintomas se acentuam antes do período menstrual e melhoram imediatamente após;
- A terapia mais importante é o esclarecimento para a paciente de que esta não é portadora de doença maligna ou que predisponha ao carcinoma. A terapêutica é baseada principalmente na orientação verbal e psicoterapia de apoio;
- O autoexame das mamas é de importância crucial para o diagnóstico precoce do câncer de mama, que por sua vez é decisivo para melhorar o prognóstico do tratamento.
Fique atenta e se encontrar algo diferente em suas mamas procure seu ginecologista ou um mastologista.
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