Saiba mais sobre a doença enfrentada por Steve Jobs.

Pacientes diagnosticados com câncer do pâncreas, doença enfrentada por Steve Jobs, fundador da Apple que morreu do dia 04/10 nos Estados Unidos, precisam passar por uma luta mais dura, caso haja uma recorrência do problema por causa dos métodos usados no tratamento.

Cerca de 95% dos casos de tumores malignos no pâncreas são do tipo adenocarcinomas, que têm origem nas células glandulares que revestem o canal pancreático. Menos de 10% das pessoas diagnosticadas com esse tipo de tumor sobrevivem mais de cinco anos após o diagnóstico.

O diagnóstico feito em uma fase inicial dos tumores do corpo ou da cauda do pâncreas é difícil porque os sintomas aparecem mais nas fases avançadas e os exames e análises físicas permanecem normais.

A quimioterapia e a radioterapia podem não melhorar de maneira significativa o tempo de sobrevida do paciente. Em muitos casos, a única chance de cura é uma intervenção cirúrgica no pâncreas ou no duodeno.

Jobs teria se submetido a um transplante de fígado em 2009 para combater a disseminação de tumores. Publicamente, ele nunca divulgou o motivo para seu transplante de fígado.

Em agosto deste ano, quando Jobs deixou a presidência da Apple, o médico Simon Lo, diretor de doenças biliares e pancreáticas no Centro Médico Cedars-Sinai, em Los Angeles, disse que a complicação grave mais provável depois do transplante de fígado do executivo seria a metástase do câncer, o que o obrigaria a deixar o seu cargo permanentemente. Lo não tratou de Jobs.

Cerca de 80% dos pacientes que fazem transplantes de fígado para tratar esse tipo de câncer vivem pelo menos cinco anos, segundo a Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos.

Lo disse que um estudo recente havia mostrado que cerca de três quartos dos pacientes que fazem um transplante de fígado por causa de câncer veem a doença voltar dentro de dois a cinco anos. O câncer pode voltar ao fígado ou para outros órgãos.

As drogas imunossupressoras necessárias para um transplante de fígado também tornam mais difícil para o organismo lutar contra o retorno da doença.

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