Transtorno bipolar: O que é, tipos, causas e sinais.
Também conhecido como Transtorno maníaco-depressivo, o Transtorno bipolar é uma doença do cérebro que tem como característica a alternância de humor, que varia entre episódios de euforia com os de depressão, e entre eles ocorrem períodos assintomáticos.
Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) em 2019, estima-se que esse problema atinge aproximadamente 140 milhões de pessoas no mundo, e normalmente afeta mais os jovens, com idades entre 15 e 25 anos.
As crises podem ainda ser graves, moderadas e leves. Além disso, essas mudanças de humor podem interferir nas emoções, sensações e comportamento da pessoa, provocando a perda da saúde e da autonomia da personalidade.
+ Leia mais sobre Saúde em: O que é saúde preventiva?
Confira a seguir mais detalhes sobre o Transtorno bipolar e tire suas dúvidas sobre o assunto. Boa leitura!
Quais os tipos de Transtorno bipolar?
A condição pode ser dividida entre os seguintes tipos:
O paciente com esse tipo de distúrbio apresentam episódios maníacos que duram até 7 dias e fases de depressão que se estender de 2 semanas a vários meses.
Os sintomas, neste caso, podem ser tão graves que provocam profundas mudanças comportamentais que comprometem o relacionamento familiar, como também a segurança do paciente. O quadro pode ser grave a ponto de exigir cuidados hospitalares imediatos.
Definido por episódios depressivos e episódios hipomaníacos (estado leve de euforia, excitação, otimismo e, em alguns casos, de agressividade), sem grandes prejuízos no comportamento e atividade do portador.
Considerado o quadro mais leve da doença, é definida por diversos períodos com sintomas hipomaníacos, assim como inúmeros períodos de sintomas depressivos de pelo menos 2 anos. Além disso, é marcada pela oscilação crônica do humor que podem que podem ocorrer no mesmo dia.
Os sintomas são definidos por transtorno bipolar mas não correspondem aos relatados a cima.
Quais são as causas?
São diversos os fatores que predispõe a doença, mas ainda não foi determinada a causa específica do transtorno. Contudo, sabe-se que questões genéticas, alterações em certas áreas do cérebro e dos níveis de vários neurotransmissores estão diretamente envolvidos.
Em alguns casos, o transtorno bipolar começa após um evento estressante, ou esse evento dá início a outro episódio. No entanto, não foi comprovada nenhuma relação de causa e efeito.
Quais os sintomas do Transtorno bipolar?
É muito comum que os pacientes experimentem episódios de sintomas que se alternam com períodos sem sintomas (remissões), que duram de poucas semanas até 3 a 6 meses.
Os episódios consistem em quadros de de depressão, mania ou hipomania (mania menos grave). Sendo assim, os pacientes podem apresentar os seguintes sinais:
Depressão |
Sensação de tristeza e vazio; Pouca energia; Quadros de insônia ou hipersonia (sono em excesso); Problemas de concentração; Alterações no apetite; Pensamentos de morte e suicídio. |
Mania |
Sentir-se eufórico, agitado e nervoso; Ter muita energia, com altos níveis de atividade; Dificuldades para dormir; Falar muito rápido, sobre assuntos diferentes; Sensação de pensamentos rápidos. |
Hipomania |
Muita energia e alegria; Pessoa sente-se criativa e confiante; Quadros de distração e irritação; Mudanças rápidas de humor. |
Em alguns casos, a pessoa pode apresentar na mesma crise sintomas de depressão, mania ou a hipomania que se caracteriza como crises mistas. Neste caso, é comum o paciente ficar momentaneamente triste em meio à euforia.
Estes quadros requer maior atenção e cuidado, pois o risco de suicídio durante episódios mistos é particularmente alto.
Quanto tempo pode durar uma crise de transtorno bipolar?
Depende. A pessoa pode estar em fase deprimida ou maníaca durante alguns dias ou até mesmo meses, e os períodos de estabilidade entre as crises podem durar dias, meses ou anos.
Por isso, o diagnóstico preciso e o tratamento adequado é tão importante para encurtar a duração das crises e garantir o controle da doença.
Como é feito o diagnóstico e tratamento?
O diagnóstico preciso e tratamento correto contribui para que pacientes que sofrem com o transtorno bipolar levem suas vidas forma saudável e produtiva. Mas para isso, é necessário buscar a orientação de um psiquiatra ou psicólogo caso desconfie de um quadro de transtorno bipolar.
Neste caso, o psiquiatra pode completar um exame físico para descartar outras condições, e caso os problemas não sejam provocados por outras doenças, o médico irá realizar uma avaliação de saúde mental ou fazer a indicação para um psiquiatra ou psicólogo, que tenham experiência no diagnóstico.
Tratamentos e Terapias
Como já foi dito, o tratamento adequado ajuda o paciente a obter um melhor controle de suas mudanças de humor e outros sintomas da condição. Normalmente isso é feito com a combinação de medicamentos e psicoterapia.
Quem convive com o transtorno bipolar sabe que ela é uma doença vitalícia, onde os quadros de mania e depressão costumam voltar ao longo do tempo. Entre os episódios, é comum que essas pessoas se vejam livres de mudanças de humor, contudo outras podem ter sintomas persistentes. Por isso, a longo prazo, o tratamento contínuo ajuda a controlar estes sintomas.
Medicamentos
Além da terapia, diferentes tipos de medicamentos podem ajudar no controle dos sintomas do transtorno bipolar. Assim, ocorre episódios onde o indivíduo pode precisar testar medicamentos diferentes antes de encontrar aquele que melhor funciona.
Geralmente, os medicamentos utilizados para tratar o distúrbio são:
- Estabilizadores de humor
- Antipsicóticos atípicos
- Antidepressivos
Contudo, vale salientar que o tratamento medicamentoso deve ser determinado pelo médico psiquiatra, conforme avaliação da condição. Portanto, evite a automedicação.
+ Para saber mais sobre Saúde Mental, leia também: O que é saúde mental?
É importante estar ciente que a melhor forma de prevenir a instabilidade emocional e o agravamento dos sintomas é seguir o tratamento correto. O transtorno bipolar é uma doença grave, e sem o tratamento adequado pode aumentar em até 15% os casos de suicídio nos pacientes.
Além disso, o paciente pode procurar refugio para os sintomas no consumo de álcool ou outras drogas como forma de solução. Sendo assim, a família deve acompanhar todo o processo para melhor amparar o paciente.
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