Diabetes: Quais os sintomas, causas e como tratar a doença?
A diabetes é uma doença que atinge milhares de pessoas, incluindo adultos, crianças e adolescentes. Por se tratar de uma enfermidade relacionada à insulina, a condição tem relação com a alimentação e às quantidades de cada grupo alimentar, apesar de também ter ligação com o histórico familiar.
Uma pesquisa realizada em Dezembro de 2019 mostrou que o número de brasileiros com diabetes aumentou pelo menos 31% nos últimos 2 anos. Ou seja, grande parcela da população não dá a atenção devida ao tipo de alimentação do dia a dia.
Sendo assim, para que você entenda melhor o que é diabetes, quais os sintomas e como tratar a doença, separamos um super post com todas as informações importantes sobre o assunto. Confira!
+ Para saber mais, leia também: Diabetes emocional – O que é? É mito ou verdade?
O que é diabetes?
A diabetes é desencadeada pelo mal desempenho ou produção insuficiente da insulina, hormônio responsável por regular a glicose no sangue quebrando as moléculas de açúcar e transformando-a em energia.
Contudo, apesar dessa energia ser usada como combustível para o organismo funcionar de forma adequada, seu excesso pode causar complicações como a resistência à insulina, que leva a diabetes.
Portanto, quando o açúcar está alto na corrente sanguínea o pâncreas precisa produzir mais insulina do que de costume para conter a glicemia.
Assim, o hormônio pode não conseguir conter os níveis da glicemia na corrente sanguínea ou não agir da forma adequada, causando uma disfunção metabólica. Em outros casos o pâncreas deixa de produzir o hormônio, normalmente tratando-se de um problema genético.
Quais são os tipos de diabetes?
Pré-diabetes
Pessoas pré-diabéticas são indivíduos com potencial de desenvolver a doença, sendo considerado um estágio intermediário entre estar saudável e desenvolver diabetes tipo 2. Contudo, pacientes diabéticos tipo 1 nascem com a predisposição genética a desenvolver a doença.
Diabetes tipo 1
Nesse tipo de diabetes o pâncreas perde a capacidade de produzir insulina ao longo do tempo, em decorrência de um defeito do sistema imune que faz com que os anticorpos ataquem as células do corpo que produzem o hormônio.
Aproximadamente 10% dos pacientes diabéticos possuem esse tipo da doença.
Diabetes tipo 2
Já nesse tipo de diabetes, o paciente geralmente desenvolve resistência à insulina, que combinado com a diminuição da secreção do hormônio acaba gerando a enfermidade.
Além disso, grande parte dos pacientes são diagnosticados com diabetes por se alimentarem de maneira inadequada. Ou seja, o consumo de grandes quantidades de carboidratos refinados e açúcares, resulta em uma elevação dos níveis de insulina.
Diabetes gestacional
A diabetes gestacional se assemelha com a diabetes tipo 2, acontecendo especialmente durante a gestação.
No entanto, a condição pode persistir durante o pós parto e possui causas desconhecidas, apesar de envolver os mecanismos relacionados com a resistência à insulina.
+Para saber mais sobre o assunto, acesse: Diabetes Gestacional: Quais os sintomas, causas e tratamentos.
Quais os sintomas da diabetes?
Os principais sintomas da diabetes são fome, micção e sede em excesso. Em alguns casos, o emagrecimento do paciente, desencadeados pelo excesso de glicose no sangue também pode ser um dos sintomas. Além disso, existem outros sintomas específicos de cada tipo, como por exemplo:
Pré-diabetes
Geralmente não acompanha sintomas, sendo um dos motivos que leva indivíduos a demorarem mais de anos para serem diagnosticados. Contudo, alguns sintomas que devem ser investigados são:
- Alimentação rica em carboidratos;
- Indivíduo obeso e sedentário;
- Casos de diabetes na família.
Tipo 1
- Emagrecimento;
- Fraqueza;
- Micção frequente;
- Nervosismo;
- Fome e sede em excesso;
- Fadiga;
- Náuseas;
- Mudanças de humor.
Tipo 2
Pacientes com diabetes tipo 2 podem ficar anos sem apresentarem sintomas, mas alguns deles podem se manifestar com o passar dos anos, como:
- Sede e fome em excesso.
- Feridas que demoram para cicatrizar;
- Alteração visual (visão embaçada);
- Furúnculos;
- Infecções frequentes;
- Formigamento nos pés.
Embora qualquer pessoa possa desenvolver a doença, é mais comum em pessoas acima de 45 anos, obesos e com histórico familiar de quadros de diabetes.
Diabetes gestacional
Por também não causar sintomas, o quadro pode ser descoberto apenas nos exames periódicos. Contudo, algumas gestantes podem apresentar os seguintes sintomas:
- Micção frequente mesmo com pouca ingestão de líquidos;
- Sede e fome em excesso;
- Visão turva.
Como é feito o diagnóstico?
• Glicemia de jejum
Nesse exame é medido o nível de açúcar no sangue do paciente em jejum e também é usado para monitorar o tratamento. De modo geral, as referências ficam entre 70 e 99 miligramas de glicose por decilitro de sangue (mg/dL) sendo como normais.
Quando os resultados ficam entre 100mg/dL e 125 mg/dL, o exame é considerado anormal e deve ser repetido em outra data.
Quando os resultados são acima de 140mg/dL, as suspeitas de diabetes são maiores e o exame deve ser repetido em outra data para confirmar a suspeita.
• Hemoglobina glicada
Esse exame é responsável por avaliar a fração de hemoglobina que se liga à glicose. A hemoglobina é uma proteína dentro do glóbulo vermelho que durante seu período médio de vida de 90 dias, fica responsável por incorporar a glicose para dentro das células. Se durante esse intervalo a glicose estiver alto no sangue, ou sofrer picos, os níveis de hemoglobina glicada aumentam.
O intuito do exame é estabelecer uma média da hemoglobina nos últimos 3 meses, e os resultados mostram se você está ou não com hiperglicemia.
Caso sim, deve ser feito uma investigação de diabetes.
- Para pessoas saudáveis, o valor fica entre 4,5% e 5,7%
- Para pacientes diabéticos os valores ficam abaixo de 7%;
- Próximo do limite, os valores ficam entre 5,7% e 6,4% e deve-se iniciar uma investigação de pré-diabetes;
- Maior ou igual a 6,5% as chances de diabetes são maiores.
• Curva glicêmica
Normalmente esse tipo de exame é feito nas especialmente nas gestantes, e mede a velocidade em que o corpo absorve a glicose após a ingestão de alimentos doces. Para isso, o paciente ingere 75g de glicose em líquido para se medir a quantidade da substância em seu sangue após até 2 horas da sua ingestão. No Brasil, o tempo medido é de 0 até 120 minutos.
Para pessoas saudáveis, em jejum o valor deve estar abaixo de 100mg/dL, e após 2 horas, 140mg/dL.
Quando os resultados ficam maiores de 200mg/dL após duas horas da ingestão da glicose, já interpreta-se como uma suspeita para diabetes.
Como tratar a diabetes?
Aplicação de insulina
Pacientes com diabetes tipo 1 devem injetar insulina para manter a glicose na corrente sanguínea em valores normais.
A injeção deve ser feita diretamente no tecido subcutâneo, abaixo da pele, normalmente sendo aplicada no abdômen, braço, glúteo, cintura ou coxa.
Medicamentos
Tipo 1
Além de usar a injeção de insulina para normalizar os níveis de açúcar no sangue, os pacientes com diabetes tipo 1 também devem receber medicamentos orais
Tipo 2
De modo geral, para tratar a diabetes tipo 2 usam-se medicamentos como:
- Inibidores de alfaglicsidade: remédios que impedem a absorção e digestão de carboidratos no intestino;
- Sulfonilureias: remédios que estimulam a produção pancreática de insulina e reduz até 2% da glicose no sangue, mas devem ser administrados com cautela para não causar hipoglicemia.
- Glinidas: estimulam a produção de insulina pelo pâncreas.
Monitoração do bebês
Pacientes grávidas devem tratar a diabetes por meio da alimentação e atividades físicas, e monitorar os níveis de açúcar no sangue, o que também evita picos de insulina no feto.
Além disso, também é necessário observar o crescimento e desenvolvido do bebê para analisar se o tratamento está adequado. Do contrário, pode ser necessário a injeção de insulina na corrente sanguínea. Em alguns casos, o médico também poderá prescrever medicamentos via oral.
Normalmente a glicose no sangue é monitorada diariamente por meio de aparelhos específicos, e serve como guia para saber se o tratamento está sendo eficiente.
+ Para saber mais, leia também Como usar o monitor de glicemia Accu Chek?
Como impedir a evolução da diabetes?
Normalmente, em pacientes pré-diabéticos é necessário diminuir as calorias, gorduras saturadas e carboidratos, além da prática de atividades físicas. Em casos mais raros, o especialista prescreve medicamentos que previne a evolução da doença.
A perda de 5-7% do peso corporal leva a uma melhora metabólica significante e garante sucesso no tratamento para evitar a diabetes.
Quais as complicações possíveis?
Arteriosclerose
Caracterizada pelo espessamento e endurecimento das paredes das artérias, que pode levar a problemas mais sérios ligados ao cérebro e coração.
Nefropatia diabética
Acontece quando os vasos sanguíneos dos rins sofrem alterações e fazem com que o paciente perca proteína pela urina. Ao decorrer do tempo, o órgão pode reduzir a função até sua paralisação total.
Retinopatia diabética
E retinopatia diabética são lesões na retina dos olhos que causam pequenos sangramentos e perda da acuidade visual.
Pé diabético
Sendo uma das complicações mais conhecidas, acontece quando uma área infectada ou machucada dos pés desenvolve uma úlcera, causada pela circulação deficiente do sangue pelas artérias e níveis de glicemia mal controlados. Em casos mais graves, a complicação pode levar a amputação do pé.
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Neuropatia diabética
Em alguns pacientes diabéticos os nervos do corpo ficam incapazes de emitir e receber mensagens do cérebro, que resultam em sintomas como:
- Excesso de transpiração;
- Pressão baixa;
- Impotência;
- Dores locais;
- Enfraquecimento muscular;
- Dores locais;
- Queimação das pernas;
- Dormência e formigamento;
- AVC e infarto.
Aterosclerose
Quando grandes vasos sanguíneos são afetados ocorre uma obstrução de órgãos vitais como coração e cérebro, chamado de aterosclerose. Como resultado, o paciente pode sofrer um infarto ou acidente vascular cerebral.
Hipertensão
A alta concentração de glicose no sangue e obesidade, uma das causas da diabetes tipo 2, prejudicam a circulação sanguínea e contribui para o aumento da pressão arterial.
Infecções
A glicose excessiva no sangue faz com que os glóbulos brancos, responsáveis por combater bactérias e vírus, seja menos eficazes deixando o corpo vulnerável a infecções genitais, nos pulmões, pele, gengiva e bocas.
Quando o exame de glicemia tem resultado maior de 100mg/dL significa diabetes?
Nem sempre um resultado maior de 100mg/dL significa diabetes. Como o exame de glicemia é o primeiro usado para investigar possíveis quadros de diabetes, os valores acima do normal merecem atenção. porém, indicam apenas que o paciente está com a glicemia alta durante o jejum.
Com isso, o médico interpreta como uma secreção anormal de insulina, e deve solicitar o exame seguinte chamado de curva glicêmica, a fim de definir se há ou não intolerância à glicose. A partir desse exame é mais fácil identificar se o indivíduos está com diabetes.
Depois de aprender mais sobre a diabetes, não deixe de consultar um especialista se você apresenta alguns dos sintomas acima ou se possui suspeitas da doença. Lembre-se que manter uma alimentação saudável e praticar atividades físicas ajudam a prevenir e até tratar alguns quadros de diabetes.
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