Asma Ocupacional: O que é, quais os sintomas e como se desenvolve?
A asma ocupacional é um estreitamento reversível das vias aéreas. Normalmente ela ocorre pela inalação de partículas, vapores ou outros agentes relacionados ao trabalho e que atuam como irritantes, causando uma reação alérgica.
Além disso, considera-se que a asma ocupacional é diferente da asma agravada por fatores ocupacionais. Neste caso, as pessoas possuem histórico de asma e têm um aumento nos sintomas quando estão no trabalho, quando expostas a uma substância que desencadeia uma crise de asma.
Diversas outras doenças das vias aéreas são causadas pela inalação de substâncias irritantes no local de trabalho e que se assemelham à asma ocupacional. Por isso, é importante saber identificá-las para então buscar ajuda médica imediata.
Veja a seguir o que é e quais são as causas dessa condição, além de outras informações importantes como sintomas e formas de tratamento. Leia até o final e saiba mais!
+ Para mais informações, acesse também: O que é asma? 8 Mitos e verdades sobre a doença.
O que é asma ocupacional?
Algumas funções no ambiente de trabalho podem expor seus colaboradores a agentes nocivos por um longo período. Com isso, a falta de preocupação e cuidado com as equipes de trabalho resulta em diversos problemas de saúde, que são chamadas de doenças ocupacionais.
Acredita-se que aproximadamente 25% dos casos de asma iniciados na idade adulta são relacionados ao trabalho.
Esse tipo de doença se caracteriza pelo estreitamento das vias respiratórias como resultado da rotina de trabalho. Ou seja, os componentes presentes nos ambientes são inalados pelos trabalhadores e a constante exposição causa certa deficiência na respiração do colaborador.
Quais são os sintomas de asma ocupacional?
São sintomas comum da asma ocupacional:
- Falta de ar;
- Sensação de pressão no tórax;
- Respiração com chiado (sibilância);
- Tosse com chiado;
Em alguns casos, as pessoas podem apresentar sinais de alergia à poeira no trabalho, com sintomas de espirros, coriza e olhos lacrimejantes.
Estes sintomas alérgicos podem estar presentes durante meses ou anos antes de causar a falta de ar e outros sintomas respiratórios. Para outros pacientes, a coriza durante a noite é o único sintoma.
Além disso, os sintomas podem aparecer durante o expediente, mas, com frequência, começam algumas horas após o trabalho. Em algumas pessoas, os sintomas podem começar até 24 horas após a exposição. Em suma, os sintomas costumam se agravar com a exposição repetida.
Contudo, os sintomas podem aparecer e desaparecer durante uma semana ou mais depois da exposição. É comum que pessoas que foram expostas durante o dia comecem a ter sintomas à noite. Portanto, é comum que os sintomas diminuem ou desaparecem durante o fim de semana ou nas férias.
+ Para saber mais, leia também: Como saber se uma pessoa tem asma e como é feito o diagnóstico?
Quais os riscos da asma ocupacional?
A asma se torna um grande desafio para as pessoas, já que o agravamento das crises, com a soma da falta de cuidados, pode levar ao óbito. Com a asma ocupacional não é diferente! É necessário que o portador tenha atenção redobrada, uma vez que é inevitável a exposição ao local causador do problema.
Portanto, pessoas que já possuem uma pré-disposição para doença devem fazer uso de equipamentos de proteção. Além disso, pessoas com sensibilidade a agentes alérgenos ou que possuem outras doenças respiratórias, como por exemplo, bronquite e rinite, devem redobrar os cuidados.
Assim como em diversos outros países, a inalação de partículas suspensa é a principal causa de asma ocupacional no Brasil.
Quais são os agentes irritantes?
Sabe-se que existem mais de 250 agentes que causam asma ocupacional. Entre eles, podemos destacar:
- Poeiras de madeiras;
- Poeiras de grãos;
- Pelos de animais;
- Fungos;
- Substâncias químicas – Em especial os gases irritantes, como o cloro ou amônia;
- Isocianatos – Agentes bastante utilizados na indústria em fundição de metais, composição de substâncias plásticas e em tintas e vernizes.
Sendo assim, considera-se que a exposição ocupacional aos agentes causadores de asma é mais comum entre os trabalhadores da indústria plástica, metalúrgica, de medicamentos e de detergentes, nas padarias, moinhos, granjas e silos de grãos, laboratoristas, carpinteiros, entre outros.
Como é feito o tratamento?
As opções de tratamento são os mesmos que para qualquer outro tipo de asma. Após avaliação médica, é comum pacientes iniciarem o tratamento com medicamentos broncodilatadores, que abrem as vias aéreas, como por exemplo, o Salbutamol.
Além disso, medicamentos anti-inflamatórios podem ser administrados com inaladores, como a Beclometasona ou em comprimidos, no caso do Montelucaste.
No entanto, em casos mais graves, são administrados corticosteroides, como a Prednisona, de forma oral durante um curto período de tempo. Já em quadros de tratamento longo, são preferíveis as opções de corticosteroides por inalação.
Como prevenir?
Profissionais consideram que a higiene no ambiente de trabalho, melhor ventilação ou processos de isolamento podem contribuir para evitar novos casos da doença.
Portanto, uma vez que se determine a causa, o foco deve ser evitar as futuras exposições do trabalhador ao agente causal.
Outra opção de prevenção é o uso de equipamento de proteção individual (EPI), como as máscaras descartáveis
Contudo, os profissionais que sofrem de asma ocupacional devem mudar de emprego, se possível. Pois a exposição constante resulta em asma mais grave e persistente. Além disso, é importante sempre buscar a orientação médica sempre que houver suspeitas de asma ocupacional.
