O que é TOC (Transtorno obsessivo-compulsivo)?
Separar as roupas por cores, alinhar as coisas objetos ou se irritar quando não estão nos lugares corretos, verificar várias vezes se a porta está fechada são alguns exemplos de manias, mas que em excesso pode ser prejudicial a saúde. Alguns destes casos podem ser diagnosticados como TOC (Transtorno obsessivo-compulsivo), mas você sabe o que é isso?
No Brasil, estima-se que 1 em cada 50 pessoas sofre com essa condição, mas muitos não foram diagnosticados ou se recusam a passar pelo tratamento. Veja a seguir o que essa doença pode causar e como identificar!
O que é TOC?
Caracterizado por obsessões e/ou compulsões, o TOC (Transtorno obsessivo-compulsivo) é um transtorno psiquiátrico de ansiedade bastante conhecido na atualidade, mas pouco compreendido.
As obsessões são ideias, impulsos e pensamentos que surge de forma repetitiva e persistente. Geralmente, elas provocam ansiedade e são acompanhadas de medo e culpa por serem intrusivos. Alguns exemplos comuns de obsessões são:
- Acumulação;
- Dúvidas;
- Limpeza e higiene excessiva;
- Simetria com objetos.
No caso das compulsões, surgem atos mentais ou manifestações físicas que se tornam rituais como forma de diminuir ou evitar a ansiedade provocada pelas obsessões. Os tipos comuns de compulsões são:
- Rituais ao andar na rua, como evitar pisar em rachaduras;
- Repetição de palavras, frases ou números;
- Lavar as mãos;
- Compulsão por segurança, onde o indivíduo checa por diversas vezes se as portas e janelas estão bem fechadas.
Quais são os sintomas?
Como foi apontado anteriormente, o principal sintoma da condição é a presença de pensamentos obsessivos que levam a prática de rituais compulsivos para atenuar a ansiedade que toma conta da pessoa.
Sendo assim, é comum que a pessoa com transtorno obsessivo-compulsivo apresente preocupação excessiva com limpeza e segurança, dúvida constante, tenha pensamentos de risco e perigo, além de impulsos que ocorrem com frequência, mesmo que ela não queira.
Qual a diferença entre mania e TOC?
As manias, normalmente, são rituais ou hábitos repetitivos movidos por superstição do indivíduo. Portanto, quando estas manias se tornam constantes ou se deixar de fazê-las gera algum sintoma físico e/ou psicológico, então elas são resultado do transtorno obsessivo compulsivo.
Quais são os tipos?
Apesar de se manifestar de diferentes formas, o TOC é identificado e dividido em dois tipos principais. Veja a seguir quais são eles e suas diferenças:
- Transtorno obsessivo-compulsivo subclínico – São quadros de obsessões e rituais que se repetem com frequência, mas não atrapalham ou casam transtornos graves a pessoa;
- Transtorno obsessivo-compulsivo propriamente dito – São quadros de obsessões que ocorrem de forma persistente, levando a compulsão que alivia a ansiedade e angústia do indivíduo.
Para facilitar o entendimento, veja a seguir alguns exemplos de manifestações mais comuns do transtorno:
TOC de Limpeza
Manifesta-se como a vontade de lavar as mãos, realizar faxina em determinados cômodos ou na casa toda e limpar certos objetos com frequência. Em alguns casos, a pessoa manifesta repúdio a locais sujos e possivelmente contaminados.
TOC de Organização
É muito comum que pessoas com TOC tenham o hábito de organizar livros, roupas e outros utensílios de acordo com o tamanho, cor e ordem alfabética. Além disso, elas determinam uma série de regras para às suas vontades, podendo até comprar objetos equivalentes para que eles não causem perturbação virtual.
TOC de Acumulação
Nesse tipo de compulsão, a pessoa tende a acumular objetos desnecessários e em grandes quantidades, quando ela não faz isso a pessoa fica agoniada, como se algo estivesse errado.
Quando a mania toma proporções maiores, chegando a obstruir cômodos e caminhos da casa, o diagnóstico no caso é de Transtorno de Acumulação.
TOC de Pensamentos Proibidos e/ou Intrusivos
Pensamentos considerados proibidos, como por exemplo, atos sexuais, atos de violência e outras coisas consideradas impróprias, provocam grande angústia na pessoa com TOC.
Já as manifestações de pensamentos intrusivos envolvem cenários de morte, acidentes e tragédias com familiares, amigos e até mesmo com a própria pessoa com TOC.
Esses pensamentos costumam ser difíceis de combater, o que provoca grande estresse e ansiedade, por isso, como forma de evitar essas situações, a pessoa adota hábitos compulsivos.
Quais as causas do TOC?
Apesar de suas causas ainda não serem bem esclarecidas, o TOC pode estar associado a fatores genéticos que provocam alterações na comunicação entre determinas zonas cerebrais. Além disso, histórico familiar e psicológicos também são possíveis causas desse distúrbio.
Diagnóstico e tratamento
O diagnóstico da condição é feito com o acompanhamento e orientação de um médico terapeuta. Neste caso, o profissional irá avaliar a intensidade e proporção dos sintomas para então definir a melhor opção de tratamento.
Vale ressaltar que, o diagnóstico preciso normalmente ocorre na vida adulta, embora os primeiros sintomas possam acometer crianças a partir dos 3, 4 anos de idade. Por isso, é muito importante ter conhecimento sobre as características da condição.
Após o diagnóstico do Transtorno obsessivo-compulsivo, o médico poderá indicar dois tipos de tratamento para a pessoa com TOC, sendo eles:
Recomendações
- Todos já experimentaram em algum momento um comportamento compulsivo, mas quando esse hábito prejudica as funções diárias, requer o diagnóstico e tratamento para TOC;
- Esconder os sintomas por vergonha ou medo é a pior decisão, pois quanto mais se adia o diagnóstico mais grave a doença pode ficar;
- É bastante comum crianças seguirem alguns rituais, neste caso, os pais devem ficar atentos quanto a intensidade e frequência desses episódios;
- Nos casos frequentes, familiares e pessoas próximas não devem colaborar com as manias e rituais, ajudando a lidar com os pensamentos compulsivos.
Entender quais são os tipos de TOC não é fácil, e na maioria dos casos os sinais não costumam ser tão aparentes no inicio, por isso, é muito importante ficar atento, já que quanto mais cedo for o diagnóstico, mais rápido é possível tratar a condição.
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