Terceira Idade
Tem como característica as mudanças físicas que acometem o indivíduo com alterações das funções do organismo, trazendo mudanças no comportamento, percepções, sentimentos, pensamentos, ações e reações.
A geriatria divide as idades em:
- Primeira idade: 0 – 20 anos;
- Segunda idade: 21 – 49 anos;
- Terceira idade: 50 – 77 anos;
- Quarta idade: acima de 78 anos.
O ser humano quando atinge a quinta década de vida passa a ter dificuldade em reter fatos recentes, com prejuízo das memórias imediata e intermediária, mas a recordação de fatos antigos permanece intacta. O esquecimento de fatos recentes não é considerado uma doença e sim um fato normal para a idade sendo denominado lapso de memória.
Nas idades mais avançadas existe outro complicador que é o acúmulo de perdas das células nervosas, com o decorrer da vida, o nosso cérebro se desfaz diariamente de 50 mil a 100 mil neurônios pelos mais diversos motivos.
A presença acumulativa do ferro no tecido cerebral, como resíduo natural de sua atividade, complica mais a situação, a sua combinação com a água forma a hidroxila, o mais agressivo dos radicais livres.
Como nascemos com muito mais neurônios do que precisamos, cerca de 12 bilhões, os efeitos dessas perdas diárias só serão sentidos após muitos anos, com menos células disponíveis, o cérebro tem de fazer escolhas cruciais. Entre elas quais atividades devem continuar e quais serão desativadas, estando relacionada com o tipo de vida do indivíduo, sendo que as conexões que são usadas com maior frequência permanecem.
A memória é dividida em três componentes:
– a Imediata, sobre fatos recentes próximos, de horas e poucos dias;
– a Intermediária, que diz respeito a fatos de semanas ou meses;
– e a Remota, que se refere a fatos antigos.
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SAIBA MAIS:
• Uma mente saudável na velhice depende de bons hábitos durante a vida.
• A partir de 25 anos o cérebro perde 2% de suas células a cada década.
• Para reduzir os efeitos dos radicais livres no organismo, é importante uma alimentação antioxidante, rica em vitaminas C + E, em licopeno e a melatonina, hormônio produzido durante o sono noturno.
• A forma mais frequente de perda de memória é conhecida popularmente como esclerose ou demência. A demência mais comum é a doença de Alzheimer.
• Após um traumatismo de crânio pode ocorrer à denominada amnésia lacunar: a pessoa não se recorda do acidente e de fatos que ocorreram imediatamente antes do mesmo.
• Quando o indivíduo está estressado, libera hormônios como o cortisol, que produz energia para ajudar o corpo a lidar com uma situação desafiadora, o que pode danificar a memória central.
• A falta de vitamina B1 e o alcoolismo levam a perda da memória para fatos recentes. O hipotireoidismo pode ocasionar comprometimento da memória.
• O uso de medicação calmante por tempo prolongado diminui a memória e favorece também a depressão, o que leva a uma situação que pode se confundir com a demência.
• A contínua atividade intelectual, como a leitura, exercícios de memória, palavras cruzadas e jogo de xadrez auxiliam a manutenção da memória.
• Exercícios físicos moderados fazem com que o cérebro receba mais sangue, o que significa que ele adquire mais oxigênio e nutrientes.
• Segundo pesquisadores, consumir um pouco de cafeína e chocolate por dia pode ajudar a reter melhor as informações.
• Estudos mostram que os ácidos do Ômega-3 podem evitar a perda das funções cognitivas.
• Segundo alguns pesquisadores, todos os peixes contêm componentes que melhoram o cérebro.
• Ao se aposentar, o indivíduo não é mais requisitado a utilizar sua memória recente, conhecida como memória do trabalho e que se refere a fatos do cotidiano. Sem se submeter à correria do dia a dia, que exige a realização de muitas tarefas, essa função é praticamente descartada pelo cérebro.
A especialidade médica que pode ajudar na prevenção e tratamento é a geriatria, ortomolecular e neurologia.