Bebê ficar sem fazer cocô: Até quantos dias é normal e o que evitar?
Nos primeiros meses de vida, é comum o bebê fazer cocô com frequência e, conforme o organismo amadurece, a quantidade de troca de fraldas diminui. Mas você sabe quantos dias o bebê pode ficar sem fazer cocô e o que deve-se evitar?
Com isso, alguns bebês podem até mesmo ficar dias sem sujar a fralda e ainda assim ser algo completamente normal. A maior dúvida dos pais, porém, é quantos dias o bebê pode ficar sem fazer cocô sem que seja necessário se preocupar.
Apesar de alguns bebês sofrerem com prisão de ventre em decorrência do próprio organismo, é normal que todos os bebês passem pelo menos 1 dia sem evacuar durante os primeiros meses de vida.
Isso porque durante o primeiro mês, a imaturidade do sistema digestivo faz com que os recém-nascidos façam cocô depois de todas as mamadas. Além disso, é somente durante o segundo mês de vida que os hábitos intestinais começam a se formar de forma individual.
A partir do 2º mês de vida, alguns bebês podem apresentar problemas de evacuação, enquanto outros fazem cocô com uma frequência maior.
Por isso, para entender melhor como funciona o intestino dos bebês e quanto tempo eles podem ficar sem fazer cocô, separamos algumas informações sobre o assunto para tirar todas as suas dúvidas. Veja a seguir!
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Quantos dias o bebê pode ficar sem fazer cocô?
Para bebês que são amamentados exclusivamente no peito, é normal ficar até 7 dias sem fazer cocô, sem que os pais precisem se preocupar.
Contudo, deve-se consultar o pediatra caso o bebê passe mais de 1 semana sem fazer cocô. Ou ainda, demonstre sintomas como barriga dura e desconforto com o excesso de gases, por exemplo.
Já em crianças que consomem fórmulas infantil, é importante consultar o médico desde os primeiros sinais de constipação. Alguns sintomas são: fezes endurecidas e dificuldades na hora de evacuar.
Para bebês que não podem consumir leite materno, é possível encontrar no mercado fórmulas com pré-bióticos na composição para a prevenção do intestino preso.
A fórmula infantil interfere em alguma coisa?
Sabe-se que bebês de até 6 meses que foram amamentados com leite materno apresentam menos chances de desenvolver constipação em comparação aos bebês que consomem fórmulas nos primeiros meses de vida.
A explicação é que o leite materno é rico em pré-bióticos, substâncias que possuem um efeito similar ao da fibra alimentar solúvel dentro do intestino. Com isso, o bebê possui um crescimento maior de bactérias protetoras que além de estimular o funcionamento correto do intestino, também protegem contra doenças infecciosas.
No entanto, isso não significa que bebês que mamam apenas leite materno não possam desenvolver constipação.
A introdução alimentar interfere na frequência do cocô?
Sim, visto que certos alimentos contribuem para a prisão de ventre. O ideal é oferecer frutas como o mamão, por exemplo, para ajudar a regularizar o intestino. Além disso, deve-se oferecer alimentos que prendam o intestino com uma frequência menor, para haver um equilíbrio.
Por isso, deve-se consumir frutas como a ameixa, que é rica em sorbitol, substância com ação laxativa e natural.
Invista também em alimentos saudáveis, como legumes, vegetais e hortaliças que são ricos em fibras. Além disso, evite alimentos industrializados que podem contribuir para a constipação em bebês e crianças.
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Como evitar a constipação em bebês?
Os bebês menores de 6 meses que se alimentam apenas com leite materno, a mãe deve beber ao menos 3 litros de água por dia. Além disso, deve-se investir em uma alimentação saudável e oferecer o peito mais vezes para que o bebê ingira todo os pré-bióticos necessários do leite materno.
Contudo, para bebês que se alimenta de fórmulas, além de optar pelas que possuem prebióticos na composição e também é importante oferecer água ao bebê conforme a recomendação do pediatra.
A água ajuda a evitar que o bolo fecal se forme em grande quantidade. Isso porque as fórmulas costumam causar um ressecamento maior das fezes, o que contribui para que o bebê fique mais dias sem fazer cocô.
Já em bebês maiores de 6 meses que já se alimentam com frutas e vegetais, é importante ficar atento aos alimentos que desregulam o intestino do bebê. Além disso, deve-se oferecer água frequentemente, já que ao começar a introdução alimentar a tendência é que o bebê consuma menos leite e, consequentemente, menos líquido. Ou seja, pode desencadear uma prisão de ventre.
Outra dica, é investir em massagens na região do abdômen, fazendo uma leve pressão para baixo. A massagem auxilia no trânsito intestinal, além de ajudar o bebê a evacuar caso esteja com o intestino preso.
Quais alimentos prendem o intestino do bebê?
Durante a introdução alimentar, evite oferecer os alimentos abaixo com frequência. Contudo, deve-se intercalar cada um deles com outros tipos de frutas e vegetais para balancear a alimentação e evitar que o intestino se desregule.
1. Pães, batatas e mandioca
Ricos em amidos, esses alimentos tendem a prender o intestino quando são consumidos com frequência por bebês. Por isso, o ideal é que você ofereça os amidos junto com alimentos como abacate, coco, azeite, brócolis e laranja.
2. Banana-maçã
A recomendação da banana-maçã é feita principalmente após desidratação e vômitos. Contudo, não deve ser oferecida frequentemente no dia a dia para evitar a constipação.
3. Maçã
Bastante conhecida por prender o intestino, a maçã é uma fruta que deve ser oferecida em intervalos maiores, principalmente em bebês que sofrem com o intestino preso.
No entanto, a maçã cozida pode ajudar a regularizar o intestino graças à pectina, uma fibra solúvel que melhora o trânsito intestinal e absorção de água.
4. Goiaba
Por contribuir com o intestino preso, o consumo da goiaba é feito principalmente em casos de diarreia para controlar o quadro em crianças acima dos 6 meses.
Porém, apesar de prender o intestino, pode–se oferecer a fruta entre 1 e 2 vezes na semana sem problemas, desde que o bebê mantenha uma alimentação saudável.
Agora que você já sabe quantos dias o bebê pode ficar sem fazer cocô, não é necessário entrar em pânico caso o seu filho esteja há 2 dias sem evacuar.
Porém, se o bebê apresentar quadros constantes de prisão de ventre que perduram mais de 4 ou 5 dias, é importante conversar com o pediatra para investigar as possíveis causas do problema.