Mulher autoconferindo câncer de mama

Mamografia: qual é a importância de fazer após os 40?

Você sabia que a mamografia é um dos exames mais importantes para a saúde da mulher a partir dos 40 anos? Apesar de simples, ela tem um papel fundamental na detecção precoce do câncer de mama, uma das doenças que mais afetam mulheres no Brasil e no mundo.

Mesmo assim, muitas mulheres ainda adiam ou evitam o exame por medo, falta de informação ou desatenção com a própria saúde. A seguir, você descobre por que a mamografia se torna essencial após os 40 anos, entende como ela funciona, com que frequência realizá-la e de que forma esse exame pode salvar vidas.

O que é a mamografia?

A mamografia é um exame de imagem que utiliza uma baixa dose de raios-x para obter imagens detalhadas do tecido mamário. Os médicos consideram a mamografia o principal método para rastrear o câncer de mama, graças à sua alta eficácia na detecção precoce da doença, mesmo antes do surgimento de sintomas.

Esse exame é indicado especialmente para mulheres a partir dos 40 anos, pois nessa faixa etária aumentam as chances de alterações mamárias. A mamografia permite identificar nódulos, cistos, calcificações e outras anormalidades que podem indicar a presença de câncer ou outras condições benignas.

Além de ser uma ferramenta preventiva, a mamografia também auxilia no acompanhamento de pacientes com histórico familiar da doença ou com achados suspeitos em exames anteriores. Quanto mais cedo uma alteração é descoberta, maiores são as chances de um tratamento eficaz e menos agressivo.

Como é feito o exame de mamografia?

O técnico em radiologia posiciona a paciente em frente ao mamógrafo e acomoda uma das mamas entre duas placas do aparelho. Em seguida, ele comprime suavemente a mama por alguns segundos para espalhar o tecido e garantir uma imagem mais nítida. Essa etapa pode causar um leve desconforto, mas é rápida e segura.

Ele repete o processo com a outra mama, normalmente captando duas imagens de cada uma — uma de cima para baixo e outra na posição lateral. Todo o procedimento leva menos de 20 minutos e permite identificar alterações mesmo em fases muito iniciais.

Tipos de mamografia disponíveis

Existem dois principais tipos de mamografia:

  • Mamografia convencional (ou analógica): é a versão mais tradicional, em que as imagens são registradas em filmes radiográficos. Ainda é usada em algumas unidades de saúde, mas tende a ser substituída pela versão digital.
  • Mamografia digital: registra as imagens em arquivos digitais, permitindo maior precisão na análise, melhor visualização de detalhes e mais facilidade no armazenamento e compartilhamento das imagens entre especialistas.

Além dessas, em casos específicos, o médico pode solicitar a mamografia 3D (ou tomossíntese), que fornece imagens mais detalhadas das mamas em “fatias”, ajudando a identificar lesões que poderiam passar despercebidas na versão convencional.

Por que a mamografia é indicada após os 40 anos?

A partir dos 40 anos, o corpo da mulher passa por diversas transformações hormonais que aumentam o risco de desenvolver câncer de mama. Nessa fase, o tecido mamário costuma apresentar menos densidade, o que facilita a visualização de alterações por meio da mamografia. É por isso que os especialistas recomendam iniciar o rastreamento regular a partir dessa idade, mesmo na ausência de sintomas.

Mulher com fita de conscientização sobre câncer de mama

Além disso, os estudos mostram que a maioria dos casos de câncer de mama ocorre justamente em mulheres com mais de 40 anos. Iniciar o acompanhamento preventivo nessa etapa da vida é fundamental para reduzir a mortalidade pela doença.

A periodicidade ideal costuma ser anual ou a cada dois anos, dependendo do histórico pessoal e familiar.

Em mulheres com histórico familiar de câncer de mama, principalmente em parentes de primeiro grau, o rastreamento pode começar mais cedo, por volta dos 35 anos. Nessas situações, o médico avalia o risco individual e pode combinar a mamografia com outros exames, como a ressonância magnética.

Câncer de mama: dados e fatores de risco

O câncer de mama é o tipo mais comum entre as mulheres brasileiras, excluindo os tumores de pele não melanoma. De acordo com o INCA (Instituto Nacional de Câncer), até o final de 2025, estima-se que sejam registrados 73.610 novos casos de câncer de mama no Brasil, reforçando a necessidade da prevenção e do diagnóstico precoce. Quanto mais cedo for identificado, maiores são as chances de cura e menores os impactos no tratamento.

Os principais fatores de risco incluem idade acima dos 40 anos, histórico familiar da doença, menarca precoce, menopausa tardia, uso prolongado de reposição hormonal, obesidade, consumo excessivo de álcool e sedentarismo.

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Como identificar?

Identificar o câncer de mama precocemente faz toda a diferença no sucesso do tratamento. Embora nem todos os casos apresentem sintomas visíveis no início, é fundamental estar atenta às mudanças nas mamas.

A mamografia é a principal aliada nesse processo, mas o autoconhecimento corporal e o acompanhamento médico também são essenciais.

Veja os principais sinais e formas de identificação que devem acender um alerta:

  • Presença de nódulo ou caroço na mama ou axila;
  • Alterações na textura da pele da mama, como aspecto de casca de laranja;
  • Saída de secreção pelos mamilos, especialmente se for sanguinolenta;
  • Inchaço, dor persistente ou vermelhidão na mama;
  • Mudanças no formato ou tamanho das mamas;
  • Retração ou inversão do mamilo.

Perceber um desses sinais não significa necessariamente que se trata de câncer, mas é um motivo importante para procurar o médico e investigar a causa.

Dúvidas frequentes sobre o exame

Apesar de ser um exame essencial para a saúde da mulher, muitas ainda têm dúvidas que podem gerar insegurança ou até adiar a realização da mamografia. Abaixo, respondemos às perguntas mais comuns para que você se sinta mais tranquila e preparada na hora de cuidar da sua saúde.

A mamografia dói?

A sensação durante o exame varia de mulher para mulher. Algumas relatam apenas um leve incômodo, enquanto outras sentem dor momentânea durante a compressão das mamas. Essa pressão é necessária para obter imagens mais precisas, mas dura apenas alguns segundos. Agendar o exame fora do período menstrual, quando os seios estão menos sensíveis, pode ajudar a reduzir o desconforto.

Mamografia sendo realizada

É preciso preparar-se antes do exame?

Não é necessário fazer jejum nem nenhum preparo especial. No entanto, evite usar desodorantes, perfumes ou cremes nas axilas e mamas no dia do exame, pois esses produtos podem interferir nas imagens. Se tiver exames anteriores, leve-os com você para que o médico possa comparar os resultados e avaliar possíveis mudanças.

Com que frequência devo repetir?

A frequência da mamografia depende da idade, histórico familiar e orientações médicas. Em geral, mulheres entre 50 e 69 anos devem fazer o exame a cada dois anos, segundo o Ministério da Saúde. Já para mulheres entre 40 e 49 anos, a recomendação pode ser anual, especialmente se houver fatores de risco. O ideal é conversar com o ginecologista e definir um cronograma individualizado.

A importância do acompanhamento médico

Fazer mamografia regularmente é fundamental, mas o acompanhamento médico é o que garante um cuidado completo e eficaz. O profissional de saúde avalia não apenas o resultado do exame, mas também todo o histórico da paciente, seus fatores de risco e sintomas que possam surgir ao longo do tempo.

Essa visão personalizada é essencial para decidir quando iniciar o rastreamento, com que frequência repetir o exame e se há necessidade de investigar mais a fundo.

Avaliação personalizada do risco

Cada mulher tem um perfil único de saúde. Mulheres com histórico familiar de câncer de mama, uso prolongado de hormônios ou alterações genéticas, por exemplo, podem precisar iniciar o rastreamento mais cedo ou fazer exames com mais frequência.

Por isso, é tão importante manter consultas regulares com o ginecologista ou mastologista, que poderá indicar a melhor conduta para sua realidade.

Outros exames complementares

Além da mamografia, o médico pode solicitar outros exames para complementar a investigação de alterações nas mamas ou acompanhar casos com maior risco. Entre os exames mais comuns estão:

  • Ultrassonografia mamária: indicada especialmente para mulheres com mamas densas ou como complemento em casos de nódulos suspeitos.
  • Ressonância magnética das mamas: usada em casos de alto risco, como pacientes com mutações genéticas ou histórico familiar importante.
  • Biópsia mamária: realizada quando há suspeita de lesão maligna, permite a análise laboratorial do tecido mamário.
  • Tomossíntese (mamografia 3D): oferece imagens mais detalhadas das mamas, útil em mamas densas ou quando há dúvida diagnóstica.

Esses exames não substituem a mamografia, mas trabalham em conjunto para garantir um diagnóstico mais preciso e um plano de cuidado mais completo.

A mamografia é uma ferramenta poderosa na prevenção e no diagnóstico precoce do câncer de mama, especialmente a partir dos 40 anos. Mais do que um simples exame, ela representa um gesto de cuidado com a própria saúde e um passo importante para garantir qualidade de vida!

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