Qual a gripe mais perigosa?
Embora possa parecer inofensiva, a gripe possui tipos e subtipos que podem ser bastante perigosos e letais para a humanidade. Isso porque em alguns casos a doença pode evoluir para complicações mais sérias como pneumonia e a SARS, sigla para Síndrome Respiratória Aguda Grave. Ou seja, é importante que você saiba qual a gripe mais perigosa e faça a prevenção correta.
Desde à gripe espanhola que matou milhões de pessoas no mundo todo em 1918, até o surto de 2018 nos Estados Unidos da gripe H3N2, existiram diversas mutações no vírus influenza e seus subtipos. Com novas gripes surgindo o tempo todo, graças à capacidade de mutação do vírus influenza, a dúvida de qual delas é a mais letal para o ser humano continua sendo bastante recorrente entre a população.
Veja a seguir mais informações sobre as gripes que mais mataram pessoas no mundo, e saiba qual delas é a mais perigosa.
A gripe espanhola
A gripe espanhola foi uma pandemia do vírus influenza A H1N1 que atacou a humanidade em 1918, último ano da Primeira Guerra Mundial. Embora a origem do vírus seja desconhecida, há uma teoria de que a doença começou no Kansas, Estados Unidos. No entanto, também existem hipóteses do surgimento da gripe espanhola em uma base militar norte-americana na China e França.
A doença ficou conhecida como gripe espanhola por ter sido o país a tomar as providências contra o vírus, que se espalhou rapidamente pela região.
A gripe espanhola infectou aproximadamente 500 milhões de pessoas no mundo todo, o que correspondia a 27% da população mundial da época, de 1,9 bilhão de pessoas. As mortes causadas pela doença passou dos 17 milhões de infectados, e podem ter chego até 100 milhões, entre 1-6% da população de todos os continentes.
Por afetar diversos sistemas do organismo, os sintomas da gripe espanhola eram variados, o que acabava confundindo o diagnóstico por ser uma doença desconhecida. Os infectados apresentavam sintomas como:
- dores musculares;
- dor de cabeça intensa;
- cansaço em excesso;
- insônia;
- febre acima de 38º;
- dificuldade para respirar;
- dor abdominal;
- pneumonia;
- inflamação na faringe, laringe, brônquios e traqueia;
- falta de ar;
- diminuição ou aumento dos batimentos cardíacos;
- aumento da concentração de proteína na urina (proteinúria);
- nefrite, doença inflamatória dos rins
Depois de algumas horas do surgimento dos primeiros sintomas, os pacientes ainda apresentavam manchas marrons no rosto, tosse com sangue, sangramento nas orelhas e nariz e pele azulada.
Gripe suína
Também causada pelo vírus influenza A H1N1 depois de milhares de mutações do vírus, a gripe suína teve surto em 2009, e matou aproximadamente 2 mil pessoas no Brasil. No mundo, o número de mortos chegou em 17 mil.
O vírus sofreu uma mutação no México e passou a infectar os humanos, recebendo o nome de gripe suína por antes infectar apenas os suínos.
Os sintomas são semelhantes aos da gripe comum, incluindo:
- febre;
- tosse;
- dores musculares;
- dor de cabeça;
- coriza;
- dor de garganta e cansaço.
Embora os sintomas sejam leves, a gripe suína tem mais chances de desenvolver complicações como pneumonia e insuficiência respiratória do que os outros tipos de gripes. Ainda pode piorar distúrbios cardíacos e pulmonares e também a diabetes, e durante a gestação pode ser responsável pelo aborto ou parto prematuro.
O grupo de risco para complicações são crianças com menos de 5 anos de idade, idosos, pacientes com distúrbios hepáticos e renais e indivíduos com o sistema imunológico enfraquecido. Entretanto, há também riscos de desenvolvimento de complicações até mesmo em pacientes saudáveis.
H3N2
O surto de gripe de 2018 nos Estados Unidos também provocou milhares de mortes no país, e chegou até mesmo a contaminar algumas pessoas no Brasil. Só em solo americano a gripe infecta mais de 47 mil pessoas, e causou mais de 50 casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave em 13 estados brasileiros.
Os sintomas são os mesmo do que uma gripe normal, sendo difícil diferenciar:
- febre acima de 38º;
- coriza;
- perda de apetite;
- dores musculares e nas articulações;
- tosse seca.
Além de poder evoluir para a SARS, a influenza H3N2 também pode desencadear uma pneumonia em pacientes de riscos como idosos e crianças menores de 5 anos.
Qual a gripe mais perigosa?
De acordo com os dados de vítimas e sintomas, a gripe espanhola é a gripe mais perigosa de todas, já que tem potencial letal mais elevado em comparação aos outros tipos de gripe, embora o vírus não circule mais entre os humanos. Vale lembrar, porém, que os outros subtipos do vírus influenza também são perigosos e devem ser tratados corretamente para evitar complicações, que são as maiores causas de morte por gripes.
Vacinação
Atualmente no Brasil a vacina contra gripe já conta com a imunização ao H1N1 e ao H3N2 e consegue proteger o organismo em até 90%. A vacina não é capaz de proteger 100% pela rapidez com que o vírus sofre mutações, e é importante tomar alguns cuidados a mais para proteger-se da doença.
Leia também O que fazer para melhorar a gripe?
Esses cuidados incluem hábitos alimentares saudáveis, maior ingestão de água e uma alimentação rica em vitamina A, B, C, D e E, ômega 3, ferro, zinco e potássio.
Outra informação importante é que a imunização ao vírus acontece somente após 14 dias da vacina, tempo que o corpo leva para criar anticorpos capazes de proteger contra a infecção. Por ser inativado em laboratório, a vacina contra gripe não é capaz de causar a doença como efeito colateral.
Agora que você viu qual a gripe mais perigosa não deixe de tomar a vacina contra a gripe em todas as campanhas, principalmente se você estiver no grupo de risco. Afinal, embora o vírus da gripe espanhola não circule nos dias de hoje, os outros vírus podem causar complicações que podem ser letais. Criar hábitos alimentares saudáveis também ajuda a fortalecer o sistema imunológico e evita a infecção por diversos outros vírus e bactérias.
Veja as ofertas de medicamentos para gripe e resfriado na Farmadelivery!