Sedentarismo: Causas, riscos e recomendações
Com as inúmeras opções de delivery, o trabalho em casa e as outras mudanças de hábitos que surgiram com o inicio da pandemia, estamos cada vez mais parados. Contudo, apesar do conforto e praticidade, essas mudanças agravaram ainda mais um problema que já é muito comum no Brasil: o sedentarismo.
Combater o sedentarismo é fundamental, sobretudo, para garantir o equilíbrio da saúde física e mental. Porém, mesmo com os alertas, o número de pessoas que não praticam atividade física ainda é muito grande.
Por isso, é importante mudar essa realidade, já que a falta de atividade física é responsável por diversos problemas de saúde. Assim, como forma de alerta e para te ajudar a evitar o sedentarismo, desenvolvemos esse conteúdo. Leia até o final e saiba mais!
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Você sabe o que é sedentarismo?
O sedentarismo se caracteriza pela falta de atividades físicas em pessoas de qualquer idade. Diferente do que muitos acreditam, a condição não acomete apenas aqueles que não fazem nenhum tipo de exercício.
O sedentarismo também se caracteriza como a redução da prática de exercícios. Ou seja, uma pessoa pode ser sedentária, mesmo praticando algum tipo de atividade. Isso acontece quando a prática não é feita de forma regular ou é insuficiente para atender às necessidades do organismo.
Como identificar o sedentarismo?
Existem diferentes níveis de sedentarismo, diferenciados pela intensidade com que se afastam de uma situação saudável. Além disso, alguns sinais e sintomas podem denunciar a condição. Veja quais são eles:
- muito cansaço sem aparente razão;
- diminuição da força muscular:
- dores articulares;
- tendência a apresentar ronco e apneia do sono;
- aumento no acúmulo de gordura no corpo e evolução para a condição de sobrepeso.
Quais os tipos de sedentarismo?
A condição não apresenta as mesmas características para todos, podendo variar conforme o grau de inatividade, e dividido em níveis. Veja:
- Nível 1 de sedentarismo
Pessoas em nível 1, fazem algumas caminhadas eventualmente, mas as atividades físicas ficam restritas a isso, não realizando nenhum outro exercício com intensidade maior.
- Nível 2 de sedentarismo
No nível 2, estão enquadradas pessoas que praticam um pouco mais de atividade ao longo do dia, contudo, não existe um momento específico para praticar atividades físicas.
- Nível 3 de sedentarismo
Pessoas classificadas com o sedentarismo de nível 3, evitam qualquer tipo de esforço físico. Normalmente, buscam alternativas para não pegar peso e evitam pequenas caminhadas, preferindo recorrer ao carro para tudo.
- Nível 4 de sedentarismo
O sedentarismo nível 4, nem os esforços do cotidiano são realizados. A pessoa prefere passar o dia sentado ou deitado e não se lembra de quando foi a última vez que se exercitou, se é que já fez isso.
Vale ressaltar que as atividades laborais, mesmo que exijam algum esforço, não podem ser consideradas atividades físicas porque, a princípio, o corpo se acostumou a elas. Nesse caso, as pessoas continuam sendo sedentárias, precisando aderir novos hábitos.
Quais os riscos a saúde relacionado ao sedentarismo?
Se você quer ter uma rotina com mais saúde, a recomendação é abandonar o sedentarismo o quanto antes. Por isso, separamos alguns dos principais males que ele pode causar. Veja!
1. Diabetes
O diabetes é provavelmente um dos maiores prejuízos causados pelo sedentarismo a longo prazo. Se você deseja se prevenir da doença, comece a se exercitar imediatamente!
2. Câncer
Quem passa a maior parte do tempo inativo, infelizmente, tende a ter problemas com diferentes tipos de câncer, principalmente o de mama e o de cólon. Por isso, recomenda-se buscar orientação profissional, ter muito cuidado e tentar se movimentar mais.
3. Doenças cardiovasculares
Sempre que ficamos muito tempo parados, nosso corpo não trabalha em um ritmo acelerado. Assim, o coração não precisa fazer tanto esforço para bombear o sangue, ficando preguiçoso, e quando é necessário exigir um pouco mais dele, o órgão não consegue suprir as necessidades do organismo.
O coração sedentário se esforça muito mais para atender as demandas do corpo durante uma caminhada intensa ou uma pequena corrida, por exemplo. Com isso, há prejuízos no sistema vascular, ocorrendo uma contração das veias, já que o fluxo de sangue é leve.
Além disso, o sedentarismo também favorece o aumento do colesterol. O acúmulo de gordura pode ocorre nas artérias, prejudicando o fluxo sanguíneo. Assim, o coração precisa fazer um esforço maior para bombear o sangue, resultando em graves complicações de saúde.
4. Obesidade
O corpo naturalmente tende a acumular reservas de energia, a fim de recorrer a elas quando necessário. Por isso, uma pessoa sedentária normalmente sofre com o acúmulo de gordura, podendo ocorrer a obesidade, sendo uma condição de risco para diversas doenças, como por exemplo, respiratórias, articulares, o diabetes e, até mesmo, o câncer.
5. Coluna e articulações
Problemas com a postura corporal são recorrentes em quem passa muito tempo sentado, e com isso, vem aquela terrível dor na coluna.
Outra complicação está ligada aos ossos e às articulações em geral. Condições, como a osteoporose, são mais frequentes nos sedentários.
É possível tratar o sedentarismo?
O sedentarismo não é uma doença, por isso não tem um tratamento. Contudo, é importante que seja combatido. Isso pode ser feito por meio da prática regular de exercícios e atividades físicas.
Sendo assim, é interessante fazer uma adequação nos hábitos, e adotar um estilo de vida mais saudável. Primeiramente, é importante passar por uma consulta médica, fazer um check-up e verificar se não há risco de prejuízos para o organismo.
Os exames ajudarão a identificar possíveis quadros clínicos que requer maior atenção na hora de montar os treinos. Assim, cada pessoa receberá a recomendação adequada de atividades, conforme o condicionamento e características individual.
Quais são as recomendações da OMS para combater o sedentarismo?
Recentemente, a Organização Mundial da Saúde (OMS) publicou o WHO Guidelines on Physical Activity and Sedentary Behaviour (Diretrizes da OMS sobre Atividade Física e Comportamento Sedentário), com atualizações sobre suas recomendações para a realização de atividades físicas. Para isso, considera três grupos etários a baixo:
Crianças e adolescentes (5 a 17 anos)
A recomendação para essa faixa etária é de que as atividades sejam de intensidade moderada a vigorosa, feitas diariamente por até 60 minutos. Atividades aeróbicas são as mais recomendadas.
Adultos (18 a 64 anos)
Para adultos, recomenda-se a atividade moderada, que totalize até 150 minutos ao longo de 7 dias. O ideal, contudo, é que o total semanal de prática de atividade física seja de 300 minutos.
Idosos (a partir dos 65 anos)
Na melhor idade, a atividade física também deve ser aeróbica, totalizando pelo menos, 75 minutos semanal, com intensidade moderada. Assim como no caso dos adultos, o ideal é que esse tempo tenha o dobro de duração no total (150 minutos por semana).
Como evitar o sedentarismo?
Para evitar o sedentarismo, algumas adequações nos hábitos fazem toda a diferença, ajudando a manter o corpo em movimento e garantir o equilíbrio da saúde. Veja algumas dicas que separamos:
Alimentação saudável
Alimentação saudável é o primeiro passo. Prefira consumir alimentos naturais, como frutas, legumes, verduras, cereais e sementes. Escolha produtos integrais, proteínas magras e beba bastante água.
Descanso adequado
Mesmo precisando estar em movimento, o corpo requer descanso. O repouso é fundamental para recuperar a energia, equilibrar as funções orgânicas, a saúde mental e promover a liberação de hormônios. Sendo assim, evite se exercitar em excesso e mantenha o sono em dia.
Atividades físicas
Para não ser mais uma pessoa sedentária, é importante incluir a prática de atividades físicas a sua rotina e que ela aconteça de forma regular.
Benefícios das atividades físicas e a relação com o sedentarismo
Praticar atividades físicas garante benefícios em diferentes campos da nossa vida, melhorando até mesmo a saúde mental. Veja alguns dos benefícios que a prática pode te oferecer:
- redução do risco de morte por doenças cardiovasculares;
- redução da incidência de hipertensão;
- redução da incidência do diabetes tipo II;
- redução dos sintomas de depressão e ansiedade;
- melhora do sono;
- melhora da saúde cognitiva;
- previne males advindos do envelhecimento.
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