O que a exposição excessiva ao sol pode causar?
Com certeza, em algum momento você já ouviu a seguinte frase: “tudo em excesso faz mal“. Essa recomendação é verdadeira e vale para diversas coisas, inclusive para a exposição excessiva ao sol. Ou seja, longos períodos no sol pode ser prejudicial.
Esse é um assunto muito discutido, principalmente entre profissionais da saúde, mas por algum motivo muitas pessoas ainda não sabem dos riscos que correm.
Por isso, desenvolvemos essa matéria para informar o que a exposição excessiva ao sol pode causar e, além disso, dar algumas dicas para se cuidar nos dias mais ensolarados. Sendo assim, leia o conteúdo até o final para saber mais!
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Exposição solar em excesso
Como já sabemos, o sol produz os raios ultravioletas UVA e UVB que, quando em excesso, causam danos à saúde. Isso ocorre porque os raios penetram profundamente na pele e, em alguns casos provocam alterações nas células.
Além disso, o que muitos desconhecem, é que a pele não é a única afetada. Os olhos também correm risco com os longos períodos de exposição ao sol e requer um cuidado especial.
Veja a seguir, quais os principais problemas de saúde que estão relacionados aos raios solares e como eles se apresentam:
• Queimaduras na pele e insolação
É muito comum que períodos de longa exposição ao sol sem proteção, a pele fique mais seca, enrugada e descame.
Porém, em alguns casos mais graves, a pele pode ficar avermelhada e dolorida, podendo também apresentar queimaduras com edemas e bolhas.
Além disso, a insolação também é provocada pelo excesso de exposição ao sol e ao calor intenso. Ela ocorre quando a temperatura do corpo ultrapassa os 40º C, fazendo com que o mecanismo de transpiração falhe e o corpo não consiga se resfriar.
Alguns quadros de insolação causam dores de cabeça, tontura, náusea, pele quente e seca e confusão mental. No entanto, sintomas mais graves podem apresentar, dificuldade em respirar, convulsão, palidez e desmaio.
• Manchas e envelhecimento precoce na pele
Outro dano causado pela radiação é em relação ao DNA das células, o que aumenta os radicais livres e quebra as fibras elásticas e colágenas da derme.
Por isso, é muito comum a pele ficar fotoenvelhecida, com uma textura espessa, às vezes amarelada, áspera e manchada, além de apresentar maior número de rugas.
A pele ainda pode apresentar manchas escuras ou claras como uma defesa natural da pele à exposição solar.
As manchas escuras podem ser melanoses solares ou manchas senis que surgem em áreas que ficam muito expostas ao sol, como o rosto, mãos, braços, colo e ombros. Já as manchas brancas aparecem quando há ação acumulativa da radiação solar de forma prolongada e repetida ao longo da vida.
• Acne solar
A acne solar surge devido o sol causar inchaço nos poros por onde é eliminado o sebo. Assim, os poros são obstruídos e o que causa pequenas inflamações de pele.
Essas inflamações se apresenta como pequenas bolinhas vermelhas ou com a presença pus, que aparecem no corpo durante ou após um período de exposição excessiva ao sol.
Por isso, é mais comum que a acne apareça em áreas mais oleosas do corpo, como o pescoço, colo, dorso, ombros, braços e rosto.
• Câncer de pele
A exposição excessiva ao sol é um dos principais fatores de risco para o câncer de pele. Para se ter ideia, o câncer de pele não melanoma é o tumor mais frequente entre homens e mulheres.
O câncer de pele se apresenta de duas formas distintas:
- Não melanoma – Considerado o mais frequente no Brasil e o menos agressivo. Possui alto índice de cura e corresponde a 30% de todos os tumores malignos registrados no país. Tem como característica nódulos ou feridas que não cicatrizam.
- Melanoma – É o câncer mais agressivo e com maior possibilidade de metástase, porém, quando diagnosticado precocemente, o prognóstico é bom. Surge como pintas diferentes, com bordas irregulares e que alteram de tamanho e aspecto em curto período de tempo.
São considerados grupos de risco, aqueles que se expõem ao sol por longos períodos sem proteção e, principalmente, pessoas de pele, cabelo e olhos claros. Isso se deve ao fato delas terem menos melanina no organismo, substância que protege naturalmente a pele.
• Câncer de olho
Pouco conhecido pela população, o câncer de olho é mais comum em pessoas brancas, principalmente loiros e ruivos, de olhos claros e transplantados. Esta doença pode se manifestar em três locais diferentes: pálpebra, conjuntiva ou dentro do globo ocular.
Assim o como o câncer de pele, o câncer de olho está relacionado à exposição ultravioleta.
No caso dos tumores na região das pálpebras apresenta perda de cílios e pequenos caroços indolores. O seu tratamento é feito com cirurgia de remoção da área afetada.
Os tumores conjuntivos se desenvolvem, fazendo com que a pessoa sinta incômodo ao piscar ou nota alterações na superfície do olho. Além disso, ocorre com mais frequência em pessoas que passam longos períodos expostas à luz do sol. Neste caso, a opção de tratamento é a cirurgia ou colírios quimioterápicos.
Considerado o tipo mais agressivo de câncer no olho, o tumor intraocular depende somente do fator genético e se caracteriza pela piora ou perda visual. Por se tratar de um câncer que provoca metástase, neste caso a única opção pode ser a remoção completa do globo ocular.
Como é possível notar, são diversos os riscos que corremos quando não há cuidado ou não nos protegemos dos efeitos dos raios solares. Portanto, veja a seguir alguns métodos simples para prevenir possíveis problemas de saúde:
Como se prevenir da exposição excessiva ao sol?
- Beba bastante água e mantenha seu corpo hidratado;
- Use diariamente protetor solar com fator maior que 30 e aplique o produto 30 minutos antes de se expor ao sol, reaplicando a cada duas horas;
- Evite o sol entre às 10h e 16h;
- Se houver exposição, cubra áreas expostas com roupas apropriadas e, preferencialmente, com fator do proteção solar;
- Opte pelo uso de óculos escuros e chapéus que protejam o rosto e os olhos.
Além dessas recomendações, busque sempre a orientação médica. Somente um profissional qualificado pode diagnosticar qualquer problema de saúde e indicar métodos de prevenção ou tratamentos adequados.