COVID-19 e tudo que você precisa saber sobre esse novo coronavírus
Nas últimas semanas muito se tem ouvido sobre o novo coronavírus, ou COVID-19 como foi batizado pelos especialistas, e como ele se tornou a nova pandemia que se alastra pelo mundo. Mas o que realmente é essa doença e o que ela causa nas pessoas que a contraem?
Para responder essas e outras questões compilamos uma série de informações essenciais para que você fique informado sobre o que é, o que faz e como se precaver dessa nova doença.
O que é coronavírus?
O coronavírus é uma família viral responsável por uma infinidade de doenças e problemas respiratórios que acometem tanto humanos quanto animais. Seu nome vem do fato do vírus ter a aparência de uma coroa ao ser vista mais de perto e ela já é conhecida por cientistas e está presente do nosso dia a dia desde a década de 1960.
A maioria das doenças causadas por esse vírus são leves e moderados, sendo que a imensa maioria das crianças as pegam todos os anos.
Entretanto, essa também é uma família viral propensa a sofrer mutações, e algumas delas acabam ocasionando infecções respiratórias graves.
Duas delas, que ficaram amplamente conhecidas no início dos anos 2000 e início da década de 2010, foram a SARS e a MERS.
SARS
A SARS (sigla de Síndrome Respiratória Aguda Grave) foi uma nova categoria de coronavírus que surgiu em 2002 na China, gerando grande preocupação e problemas graves de saúde mundial na época.
Ela se espalhou em 25 países do globo e matou quase 800 pessoas de 2002 a 2004, ano em que teve seu último caso registrado.
MERS
Já a MERS (sigla de Síndrome Respiratória do Oriente Médio) surgiu na Arábia Saudita em 2012 e também teve grande impacto ao redor de todo o mundo, alcançando 25 países e matando um número superior ao de 800 pessoas.
Os dois casos foram responsáveis por impactar a economia mundial e gerar preocupação por serem doenças novas aos quais o corpo humano não estava acostumado, e não existiam medicamentos capazes de combatê-los de maneira rápida.
É o caso também do COVID-19, nome do novo coronavírus que surgiu na China em dezembro de 2019. Do final do ano passado até março de 2020 já foram mais de 118 mil casos em mais de 114 países.
Até o dia 12 de março ocorreram 4.291 mortes em decorrência dessa nova doença segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde), sendo que sua imensa maioria ocorreu entre pessoas idosas.
Por que o COVID-19 é tão perigoso?
A taxa de mortalidade do COVID-19 é muito inferior à de outras mutações do coronavírus, com a SARS e a MERS. Segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde) a taxa é de cerca de 3,6% em aspecto mundial, sendo que ela pode variar de país para país de acordo com o número de infectados, faixa de idade dos pacientes e ações do governo local.
Entretanto, seu maior fator de risco está na facilidade de transmissão, motivo pelo qual a doença se espalhou tão rapidamente pelo mundo.
Segundo as estatísticas chinesas a capacidade de transmissão de um paciente de COVID-19 é de duas a três pessoas por dia, mas as informações ainda estão confusas e na Ítalia se fala entre 3 a 6.
Ou seja, cada paciente que contraí a doença acaba infectando de duas a seis pessoas a cada dia, que irão espalhar a doença a mais pessoas e assim causando o cenário em que estamos, onde a OMS decretou situação de pandemia mundial.
Quais os sintomas do COVID-19?
Os sintomas do novo coronavírus se assemelham bastante com os de uma gripe comum. Os mais comuns são: febre, cansaço, tosse seca, congestão nasal e coriza. Algumas pessoas também podem ter dores de garganta e no corpo e, em casos mais graves, diarreia.
Pacientes em estado já avançado também podem apresentar tosse intensa, febres muito altas e que causem calafrios fortes, catarro com pus e lábios e pontas dos dedos arroxeados.
Nesses casos é necessário que o paciente procure um hospital ou clínica médica com urgência para o tratamento correto.
Outra complicação grave da doença, e também aquela que mais causa mortes, são as complicações respiratórias. Em casos graves do COVID-19 o vírus infecta e se infiltra nos dois pulmões do paciente, fazendo com que ele não consiga respirar corretamente.
Nesses casos é necessário que ele tenha um tratamento intensivo e acompanhado de respiradores.
Segundo a OMS os casos graves dos pacientes do COVID-19, onde desenvolvem problemas respiratórios, é de um a cada seis pessoas infectadas. Por outro lado, parte dos infectados podem nem mesmo desenvolver qualquer um dos sintomas citados acima.
Quais as recomendações ao notar os sintomas?
A principal recomendação aqueles que notam os sintomas leves da doença é que fiquem em casa. Isso acontece porque os lugares com maior chance para se contrair a doença é justamente em hospitais e clínicas médicas, onde há uma grande aglomeração de pessoas doentes.
Sintomas leves não são um grande risco ao paciente, especialmente se ele for jovem. Por isso, a recomendação é que fiquem em casa e busquem cuidados extras com a hidratação do corpo e descanso necessário, como fariam em um resfriado ou gripe comuns.
É essencial que se evite contato com aglomerações de pessoas, se possível evitando sair de casa a não ser que seja estritamente necessário. Outro cuidado que deve receber a devida atenção é com a higiene, em especial após ter contato com pessoas, antes das refeições e antes e depois de usar banheiros e transportes públicos.
A busca por um hospital deve ser feita apenas em casos em que o paciente começar a notar dificuldade respiratória ou complicações de saúde mais graves. Isso ajuda a evitar a sobrecarga do sistema de saúde e as chances de que a contaminação seja feita em maior escala.
Como se pega a doença?
Como dito anteriormente a contração do COVID-19 é bem mais simples do que de outras doenças da família viral do coronavírus que causou preocupação em casos anteriores. No entanto, ele também se parece muito com o de doenças comuns do dia a dia.
A transmissão é feita principalmente através das gotículas de saliva ou fluidos presentes no espirro dos infectados, quando entram em contato com nossos olhos, boca e nariz. Ao tossir, espirrar ou falar as gotículas são expelidas no ar, podendo nos acertar diretamente.
Além do contato direto com o vírus vindo das pessoas infectadas ele também pode estar em objetos como por exemplo: maçanetas, corrimões, partes do transporte público, aparelhos eletrônicos entre tantos outros onde os infectados tiveram algum contato.
Ao tocar um objeto infectado, apertar as mãos ou tocar uma pessoa que está com o COVID-19 e então coçar os olhos, nariz ou boca você provavelmente irá contrair o novo coronavírus.
Como se prevenir?
A melhor forma de se prevenir contra a doença são os cuidados com a higiene. Por isso, tenha sempre o costume de lavar bem as mãos com sabão ao ter contato com outras pessoas, ao utilizar de transportes e ambientes públicos, antes e depois de ir ao banheiro e antes das refeições.
Ao lavar as mãos recomenda-se atenção especial entre os dedos, embaixo das unhas e nos dedões.
Lave os braços até a altura dos cotovelos, ensaboando bem com sabão e levando pelo menos de vinte a trinta segundos para fazer a limpeza. Ao final, retire bem o sabão e enxugue as mãos com toalhas de papel descartáveis ou toalhas de tecido limpas.
Para abrir ou fechar portas depois de lavar as mãos use de uma toalha de papel para tocar a maçaneta, ou então o faça usando os cotovelos. E, mesmo tendo as mãos limpas, evite tocar seu rosto com elas.
O uso de álcool em gel também é um cuidado básico em qualquer situação, porém não há motivos para exagerar no seu uso. Máscaras são mais necessárias apenas àqueles que já estão infectados com a doença, pessoas com baixa imunidade e doenças crônicas, além de idosos que já possuem a saúde mais frágil.
Além de evitar tocar o próprio rosto, em especial olhos, nariz e boca, também é aconselhável evitar tocar a outras pessoas, especialmente crianças pequenas e idosos. Isso porque, caso as palmas da sua mão tenha entrado em contato com o vírus, você poderá infectá-los.
Veja esse vídeo da Unicef Brasil para compreender melhor como se prevenir:
Caso tenha sintomas de gripe ou resfriado, como espirros e tosse, sempre cubra a boca ao espirrar e tossir. Você pode fazer isso com as mãos, roupas ou braço e assim evitar que as gotículas vindas do seu ato se espalhem pelo ar e acabem chegando a outras pessoas ou objetos.
Talheres, toalhas e outros objetos também não devem ser compartilhados entre pessoas. O ideal é ter sempre um objeto para cada um, que deve ter sido lavado corretamente com sabão e ser mantido sempre limpo para usar novamente.
Ao usar máscaras evite tocar a parte externa dela e não a use por mais de um dia. Se notar que ela já está um pouco asseada a troque e jogue a antiga fora. O vírus pode se proliferar do lado de dentro dela, por isso é importante que você a troque sempre e a descarte corretamente.
Sempre que possível evite aglomerações de pessoas, principalmente se já estiver doente. Assim, diminui os riscos de passar a doença adiante e também contrair a mesma ou outras doenças que possam agravar o quadro.
Por último, deixe os ambientes ventilados. Assim, as chances do vírus ter condições de se proliferar serão menores.
Qual o período de incubação do COVID-19?
O período de incubação de um vírus é o tempo em que leva do momento em que o contraímos ao nosso organismo até o momento em que ele começa a fazer os sintomas surgirem no nosso corpo.
Esse tempo pode variar de acordo com a quantidade do vírus com o qual entramos em contato, mas em uma média geral o tempo de incubação do COVID-19 é de quatro a seis dias. Entretanto, atualmente já foi comprovado que existem pacientes que levam até catorze dias para demonstrar qualquer sinal da doença.
Exatamente por isso as quarentenas feitas aqueles que estão sob a suspeita de terem a doença deve durar pelo menos duas semanas. Esse é o tempo máximo que se sabe que o COVID-19 pode se manifestar. Caso o paciente não apresente qualquer sinal ou um resultado positivo nos exames dentro desse tempo ele está livre das suspeitas.
Já em casos de transmissão por objetos que foram tocados por alguém infectado, ou onde ele espirrou ou tossiu próximo a ele, o vírus pode sobreviver até 24h.
Quem são as pessoas mais afetadas?
Segundo as estatísticas chinesas, país onde surgiu o vírus e onde foi contabilizado o maior número de infectados até agora, a média de idade dos pacientes do COVID-19 é de 55 anos. Dentre eles 37% possuem mais de 60 anos.
Entenda o porquê os idosos compõe a zona de risco:
Isso acontece porque a medida que envelhecemos nosso corpo acaba diminuindo nossa capacidade de imunidade contra todos os tipos de infecção, nos tornando mais frágeis contra esses males. Especialmente aqueles desconhecidos ao nosso organismo.
Pessoas com doenças crônicas como diabetes, câncer, doenças cardiovasculares e problemas respiratórios ou digestivos também são as mais facilmente afetadas pelo novo coronavírus.
Além de terem mais facilidade para contrair a doença também possuem uma tendência maior a terem complicações, que podem deixá-las em risco maior caso não recebam o tratamento adequado.
Uma curiosidade interessante é que o número de homens infectados costuma ser maior que o de mulheres. Especialistas chineses levantam a hipótese disso acontecer porque as mulheres têm uma proteção maior contra infecções virais graças ao cromossomo X, que age como fortalecedor ao nosso sistema imunológico.
Mas lembre-se, ainda se sabe muito pouco sobre o covid-19, e a própria OMS já comunicou registros de mortes até de crianças por coronavírus.
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FAQ Sobre o Coronavírus
O coronavírus é um grupo de vírus de genoma de RNA simples de sentido positivo conhecidos desde meados dos anos 1960 e um novo agente infeccionso (novo tipo de coronavírus) ficou mundialmente conhecido em 2020 devido a alta taxa de contaminação. O nome definido para esse novo coronavírus é Covid-19.
Covid-19 é um dos diversos tipos de vírus classificados como coronavírus devido a sua forma de coroa. O covid-19 e a doença que causa nos seres humanos, eram desconhecidas antes do surto iniciado em Wuhan, na China, em dezembro de 2019.
O vírus pode deixar as pessoas doentes, geralmente com uma doença do trato respiratório superior de leve a moderada, semelhante a um resfriado comum. Os sintomas do Coronavírus incluem coriza, tosse, dor de garganta, possivelmente dor de cabeça e talvez febre, que pode durar alguns dias.
O tempo de recuperação varia e, para pessoas que não estão gravemente doentes, pode ser semelhante ao período de duração de uma gripe comum. Pessoas que desenvolvem pneumonia podem levar mais tempo para se recuperar (dias a semanas).
COVID 19, pode ser transmitido de uma pessoa para outra. A transmissão pode ocorrer através de gotículas de saliva ou muco, expelidos pela boca ou narinas quando uma pessoa infectada tosse ou espirra. A transmissão também pode ocorrer através de partículas virais transferidas ao apertar as mãos ou compartilhar um objeto, como por exemplo beber no mesmo copo que um portador do vírus.
Sim, mas ainda não existem dados confiáveis do quão provável é esse tipo de contaminação.
Não. O Ministério da Saúde afirma que não há nenhuma evidência que produtos enviados da China para o Brasil tragam o novo coronavírus.
Medidas de Prevenção
Como se prevenir do Covid-19
- Lave as mãos com água e sabão ou use álcool em gel.
Lave as mãos e pulsos com água e sabão regularmente. Se não tiver a disposição use álcool em gel.
- Cubra o nariz e boca ao espirrar ou tossir.
Recomendação é espirrar na parte interna do cotovelo.
- Evite aglomerações, estando ou não doente.
Não saia de casa e evite aglomerações. Dê preferência para o trabalho remoto.
- Mantenha os ambientes bem ventilados.
Sempre que puder, mantenha os ambientes bem ventilados.
- Não compartilhe objetos pessoais.
O vírus pode infectar outros ao compartilhar objetos pessoais.
- Se estiver no grupo de risco, idosos ou pessoas com deficiências respiratórias, evite ao máximo o contato com outras pessoas.